sábado, 27 de julho de 2024

Café

Consumo de café no Brasil chegou a 21,3 milhões de sacas em 2022

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Tags: agronegócio, café, Cooperativismo, crédito

Apesar da crise econômica, em 2021, com os impactos da pandemia de Covid-19, a indústria brasileira de café, se recuperou em 2022. Mesmo com leve queda de 1,01% em relação  ao mesmo período do ano anterior, o setor  faz um balanço positivo. Os números foram divulgados ontem (2) pela Associação Brsileira da Indústria de Café (ABIC), que comemora 50 anos, passando  por uma reestruturação dos seus Programas de Certificação.

Foram consumidas 21,3 milhões de sacas entre novembro de 2021 e outubro de 2022, queda de 1,01% em relação ao período anterior, considerando dados de novembro de 2020 a outubro de 2021. Este volume representa 41,8% da safra de 2022, que foi de 50,9 milhões de sacas, segundo a Conab. No período anterior, o volume representou 45,3% da safra, que foi de 47,7 milhões de sacas, também considerando os dados da Conab, destacando o Brasil como o maior consumidor dos cafés nacionais.
Os dados apurados pela ABIC reforçam o papel do café como um alimento importante para os brasileiros e para a indústria nacional e revelam que, apesar da crise econômica vivida em 2021 pela pandemia, com recuperação em 2022, o consumo de café seguiu seu ritmo: mesmo com a leve queda.
O Brasil mantém a posição de segundo maior consumidor de café do mundo. A diferença para o primeiro lugar, ocupado pelos Estados Unidos, é de 4,7 milhões de sacas. Quando analisado o consumo per capita, observa-se que, em 2022, ele foi de 5,96 kg por ano de café cru e 4,77 kg por ano de café torrado, um pouco abaixo do ano anterior (4,84kg/ano/hab.), devido ao crescimento da população.
Atualmente, as indústrias associadas da ABIC respondem por 71,1% da produção do café torrado em grão e/ou moído, e representam 86,1% de participação (share) no varejo supermercadista. A ABIC registra em seu banco de dados mais de 3.000 produtos certificados.

Faturamento da indústria de café 
Estima-se que as vendas da indústria de café em 2022 alcançaram R$ 23,5 bilhões, um aumento de 54,6% se comparado a 2021. Justificado pela valorização de preço da matéria-prima, mais de 120%, que impactou fortemente no custo da indústria e ocasionando o repasse ao varejo de parte deste aumento.

Variação de preço ao consumidor

Para que o café chegue à mesa dos brasileiros, o grão passa por variadas etapas e são muitos os fatores que impactam no preço final do produto encontrado na gôndola, tais como: o câmbio, os custos dos insumos, logística, volume da safra além de fatores socioeconômicos.
Segundo estudo realizado pela ABIC no ponto de venda, em 2022, a média nacional do reajuste de preço do café foi de 35,4%, consequência do repasse do aumento da matéria-prima que vem desde 2021.

Estima-se que a leve queda de consumo possa ter sido influenciada pelo aumento do preço nas prateleiras e a diminuição do poder aquisitivo.

Mudanças nos Programas de Certificação

A atualização dos Programas de Certificação é motivada pela Portaria SDA 570/2022, em vigor desde 1º de janeiro de 2023, e responsável por estabelecer o padrão oficial de classificação do café torrado. A regulação dá espaço para a atuação de órgãos de defesa do consumidor, como PROCONS e o Ministério Público (MP), agirem contra denúncias de fraude no produto.

Serão duas principais alterações. A primeira se trata da unificação dos selos de Pureza e Qualidade. Um café pode ser puro, ou seja, não conter elementos estranhos, mas, ainda assim possuir qualidades desagradáveis ao consumidor. Antes esses cafés podiam obter o Selo de Pureza. Agora, não existirá mais apenas o Selo de Pureza. Graças à unificação, não basta o café ser puro, ele precisa também atingir o padrão mínimo de qualidade estabelecido pela Portaria 570 para ser certificado e conquistar o Selo da ABIC.
A segunda novidade é a consequência dessa unificação. Os produtos que não atingirem os requisitos mínimos de qualidade exigidos pela norma poderão ser comercializados e deverão ser identificados, na embalagem, como “Fora de Tipo”, entretanto estes produtos não receberão o Selo da ABIC. Dessa maneira, somente produtos acima do nível mínimo de qualidade serão certificados pela Associação.
“Estamos subindo a régua, pois acreditamos que o consumidor merece esse rigor, o mercado está preparado e a Portaria 570 só vem para fortalecer esse movimento em prol da qualidade do café”, afirma Pavel Cardoso, Presidente da ABIC.
Para acompanhar as novidades do segmento, a ABIC passou a ser uma entidade credenciada pelo Ministério da Agricultura MAPA para realizar a classificação do café torrado e moído e segue com o papel de apoiar o setor neste novo momento e defender a qualidade e o consumidor, reforçando a credibilidade conquistada ao longo de quase meio século.

 

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