Finalmente, os portos prananeses iniciam obra de infraestrutura marítima e terrestre. Tão aguardada e necessária quanto a obra de derrocagem submarina do maciço de rochas no canal principal de acesso, é a readequação do sistema de drenagem pluvial da faixa portuária e dos silos do Porto de Paranaguá. Uma em mar, outra em terra, as obras melhoram a capacidade operacional e a produtividade portuárias paranaenses para os próximos anos.
A drenagem do cais já começou. A obra, um investimento total de R$17,4 milhões, será dividida em cinco lotes. A previsão é que seja concluída no segundo semestre de 2021. “Vimos realizando constantes melhorias nas edificações e na infraestrutura terrestre existente, incluindo a preservação e manutenção continuada desses patrimônios”, afirma o diretor-presidente da Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia.
[adrotate banner=”5″]
Nessa obra, como explicam os engenheiros da empresa pública, é feita a adequação e recuperação do sistema de drenagem pluvial com uso de mecanismos de retenção de matéria orgânica, minimizando a carga orgânica despejada nas galerias de drenagem do Porto de Paranaguá.
“A drenagem beneficia a operação portuária nas áreas alfandegadas. Essa drenagem vai evitar que água fique acumulada em nossos pátios. Assim, melhora tanto o trânsito da área portuária quanto a movimentação das cargas e ainda cuidamos do meio ambiente”, afirma o diretor de operações da Portos do Paraná, Luiz Teixeira da Silva Júnior.
INFRAESTRUTURA MARÍTIMA – Em mar, os levantamentos já foram feitos e o projeto executivo para a obra do derrocamento submarino do maciço rochoso (Palanganas) no canal principal de acesso à bacia de evolução está em fase de conclusão. O investimento total, também com recursos próprios, é de R$23,2 milhões.
“Essa obra de derrocagem é aguardada há muitos anos, no Porto de Paranaguá. É uma pedra que limita o calado (profundidade operacional) na entrada do porto”, explica o diretor de operações.
Segundo ele, a obra é de grande importância porque vai contribuir para redução dos custos de frete, o custo portuário. “Os navios poderão carregar mais ou vir para Paranaguá aproveitando toda a capacidade do navio. É fundamental para o porto, para os próximos anos”, completa Teixeira.
[adrotate banner=”3″]
OBRA – “Hoje a maior restrição para o Porto de Paranaguá é a Pedra da Palangana”, comenta Rogério Barzellay, diretor de Engenharia e Manutenção da Portos do Paraná. Segundo ele, mesmo com a campanha de dragagem de manutenção permanente e os investimentos em sinalização náutica, inclusive em boias articuladas, enquanto esse obstáculo não for eliminado, a restrição de calado para navios maiores vai permanecer nos próximos anos.
A obra exige uma especialidade grande e envolve praticamente todos os setores da empresa: a área de engenharia, operações, administrativo-financeira e, mais importante que tudo, a área de Meio Ambiente.
“Com essa obra damos um passo grande na nossa história. É um ganho muito grande. A comunidade portuária está ávida, esperando há muito tempo. Vamos realizar. Se Deus quiser em fevereiro já estaremos iniciando, efetivamente, o derrecamento”, conclui Barzellay.
EXECUÇÃO – Tanto a obra quanto o projeto executivo serão desenvolvidos pelo Consórcio BOSKALIS – FABIO BRUNO – SLI – DEC, ganhador da licitação. A previsão é que o projeto esteja finalizado em três meses e a obra – que compreende a mobilização dos equipamentos, perfuração, desmonte e remoção das rochas – deve durar oito meses, contados a partir da finalização e aprovação do projeto.
Fonte: AEN
Paraná tem 14 cidades em ranking de 100 melhores para investir em agro