quarta-feira, 18 de setembro de 2024

Agroecologia

ILPF: a grande saída para o Brasil

A grande saída para o Brasil está na Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF), que já está provocando uma revolução em várias regiões do País, sobretudo no arenito. A declaração é do presidente da Rede ILPF (entidade que, em nível nacional, fomenta a integração), engenheiro agrônomo Paulo Renato Herrmann, que é também presidente da John Deere Brasil e membro de diversos conselhos consultivos, como a Embrapa.

Ele participou do 1º Congresso Brasileiro de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta, durante a Exposição Agropecuária, Industrial e Comercial de Maringá (Expoingá), destacando a importância que o agronegócio brasileiro terá no mundo nos próximos 30 anos.

Segundo Hermann, o Brasil é o único país entre os grandes produtores agrícolas e pecuários (Estados Unidos, China e Índia) com espaço e condições climáticas propícias para continuar crescendo. “Temos tecnologia para aumentarmos a produtividade em a área já aberta e capacidade para abrir mais 20% de área.  Hoje produzimos em apenas 9%, afirma. Segundo ele o cultivo consorciado com pastagem e floresta vai resultar na certificação dos produtos, o que, consequentemente, possibilitará agregar valor na venda, principalmente nas exportações  de grãos e carnes.

Com projeções animadoras, Hermann disse que até 2050, somando a população da China e da Índia, poderá chegar a quatro bilhões de pessoas. “Eles virão com boca faminta e nós é que vamos alimentá-los”, disse, acrescentando que o Brasil tem uma inesgotável vocação agrícola, enquanto o forte dos chineses é a indústria e dos indianos são os serviços.

Em contrapartida, Hemann diz que o Brasil vai sofrer uma pressão global grande. “Vão dizer que estamos acabando com o mundo para produzir tanto alimento e a nossa resposta estará na ILPF. Essa tecnologia ambientalmente sustentável vai criar riquezas e provocar uma transformação no nosso solo”, vislumbra.

Os projetos integrados, em diferentes formatos executados pela Rede ILPF, já somam cerca de 12 milhões de hectares no país, segundo ele. Objetivo da Rede de ILPF é a difusão por meio de atividades como dia de campo, palestras, cursos para multiplicar conhecimento. E ainda criação de um laboratório e de uma empresa de certificação. Para isso, ele quer arrecadar US$ 1 bilhão. “Vamos mostrar que temos condições de produzir e conservar”, projeta Hermann.

O diretor executivo da Rede de Integração Lavoura-Pecuária- Floresta, William Marchió, disse que o objetivo é converter áreas degradadas em áreas produtivas.   Segundo ele, a rede tem 107 unidades referências, usando a tecnologia, espalhadas pelo Brasil. A Embrapa está envolvida diretamente com projetos de 36 unidades.

Na primeira fase do projeto, que durou 5 anos, foram investidos R$ 12 milhões, com cursos, palestras e mais de 60 mil professores atendidos no projeto.

Segundo Marchió, a ILPF vem crescendo em torno de 10% ano. “A integração está tendo este avanço, em razão do revés climático, veranicos entre outras adversidades.  Quando está dentro de um sistema integrado, essas oscilações são minimizadas pela quantidade de matéria orgânica de solo, pela palhada, entre outros benefícios”.

A presidente da Sociedade Rural de Maringá, Maria Iraclézia de Araújo, também acredita nos bons resultados da integração, tanto que a entidade se associou à Cocamar na realização do fórum e destinou uma área dentro do parque de exposição para uma unidade de demonstração.

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Paraná suspende queima controlada no campo - Conexão Agro
Coluna 205 - Paraná suspende queima controlada no campo
11/09/2024

Paraná suspende por 90 dias queima controlada no campo para prevenir incêndios; pesquisador da Embrapa Soja orienta produtores como enfrentar o clima seco e os efeitos da La Niña na safra 2024/25. Confira as notícias do campo no podcast “Conexão Agro”.

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