sexta-feira, 20 de setembro de 2024

Agronegócio

Startup vencedora do Hackathon será acelerada pela GO Valley SRP

A Digi Safra, vencedora do Hackathon 2018, está entre as quatro startups que foram selecionadas para o 2º ciclo de Aceleração da GO Valley SRP – aceleradora da Sociedade Rural do Paraná. Outras quatro startups foram selecionadas para a Pré-Aceleração do programa. As pré-aceleradas terão os mesmos benefícios que as aceleradas, com exceção do investimento financeiro, no valor de R$ 20 mil, sendo R$ 10 mil, em dinheiro e a outra metade em serviços Sebraetec. Entre as vantagens ofertadas às oito startups, estão networking, mentoria, capacitações, visibilidade, acesso aos parceiros da SRP e oportunidade de validações. 

Em contrapartida, as startups aceleradas disponibilizarão equity (participação societária) à Go Valley. “A aceleradora da Sociedade Rural passa a ser nossa sócia e tem direito a 2% do negócio”, detalha a pesquisadora e agrônoma Marizangela Rizzatti Ávila, da Área de Propagação Vegetal (APV) do Iapar, que integra a Digi Safra, juntamente com a agrônoma Yara Camila Fabrin Cabral, e a consultora de marketing  Gleicy Laranjeira. 

A três empreendedoras têm prazo de 10 meses para desenvolver o aplicativo que promete agilizar o processo de compra e venda de safras, reduzindo a burocracia da comercialização de grãos. Apesar de terem até março de 2019 para concluírem o projeto, Marizangela, Yara e Gleicy querem lançar o app no Agro Bit Brasil, evento de tecnologia para o agronegócio, programado para ocorrer nos dias 20 e 21 de novembro deste ano em Londrina. 

“Estamos contentes com o reconhecimento de nosso trabalho e temos consciência da importância dessa aceleração para a realização do nosso projeto. Com o aval da Sociedade Rural, muitas portas devem se abrir mais facilmente e podemos participar de outras rodadas de aceleração, talvez com aportes ainda maiores de incentivos”, confia Marizangela. 

 

Aplicativo 

A ideia do aplicativo surgiu da verificação da dificuldade do produtor rural em obter as cotações dos grãos. Na prática, as cooperativas divulgam os preços, com base na Bolsa de Chicago, duas vezes ao dia, entre 10h e 10h30 e entre 13h e 13h30, nos quadros de avisos das unidades. Os valores variam conforme a unidade em razão do frete até o Porto de Paranaguá. O produtor tem que ir à unidade ou solicitar ao agrônomo ou ao gerente da cooperativa para verificar os valores e poder tomar a decisão de venda ou não de sua safra. “Essa situação demanda tempo e muitas ligações telefônicas até o fechamento do contrato, sendo que os envolvidos podiam estar otimizando esse tempo para outras atividades. A intenção é agilizar esse processo para que o produtor tenha, literalmente, na palma da mão as cotações do dia e que ele possa tomar a decisão rapidamente por um aplicativo de smartphone”, explica Yara.  

Atualmente, a maioria do fechamento das vendas se dá por telefone, mas para oficializar a negociação, o produtor precisa assinar o contrato na cooperativa, o que muitas vezes não acontece no mesmo dia. “Como os preços oscilam muito, o risco é se o produtor usar de má fé, fechar a venda da soja com uma cooperativa por R$ 70/saca, não assinar o contrato, e alguns dias depois vender para outro lugar porque a soja subiu para R$ 80/saca”, relata Yara. 

Segurança e economia

De acordo com Marizangela, uma das principais preocupações da equipe é a segurança na negociação. Pelo aplicativo, os contratos de comercialização serão gerados online com segurança jurídica e assinatura digital.  Outro benefício do aplicativo apontado pela agrônoma é que os contratos de comercialização, que precisam ficar arquivados por cinco anos, ficam armazenados na nuvem. Assim, há redução de custos, pois se elimina a necessidade de espaço físico para arquivá-los, de impressão, papel, pastas, gestão de documentos e arquivista. 

Gleicy estuda o mercado e busca transformar as informações técnicas numa linguagem acessível, que seja simples e eficiente, aos usuários e que, principalmente, atenda a necessidade do produtor e cooperativas. “O valor de desenvolvimento é alto e nossa intenção é construir a ferramenta junto com o usuário, os compradores das cooperativas e os produtores. Somente quando tiver todas as funcionalidades necessárias aos envolvidos na compra/venda de grãos, o projeto será encaminhado para o desenvolvimento final do produto. Segundo ela, cada cooperativa terá seu próprio aplicativo. A consultora de marketing também prepara estratégias de venda, divulgação, imagem, registro e relacionamento com a imprensa.  

Como a utilização desse aplicativo não é limitada ao Paraná, elas sonham com a expansão para cooperativas de outros Estados, onde já possuem contatos, como Rio Grande do Sul, São Paulo e até Brasília.  “No Paraná, temos grandes perspectivas, já que a Ocepar gostou da ideia e está incentivando as cooperativas a adotarem o novo modelo de negócio que estamos propondo”, finaliza Yara. 

Confira a lista de startups selecionadas para o 2º ciclo de Aceleração e Pré-Aceleração da GO Valley SRP – aceleradora da Sociedade Rural do Paraná  

Aceleradas  

Digi Safra 

Oxfat 

Ultrasense 

Rex9 

 

Pré-aceleradas   

Agrosimp 

Heating 

Agro Mediat 

Mark 

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