quarta-feira, 18 de setembro de 2024

Meio Ambiente

Quem protege o meio ambiente ainda paga mais?

Tags: boas práticas ambientais, incentivos fiscais e financeiros, ONU-Habitat, tributos verde

 

Diminuir os custos com Tributação Verde e trazer diretrizes legais para governos e
entidades privadas que seguem boas práticas ambientais para redução dos efeitos da
mudança climática. Essa é a proposta do painel que será apresentado na próxima
quinta-feira, 21 de outubro, por Samanta Pineda, advogada de Direito Ambiental, e Cintia
Fernandes, procuradora do Município de Curitiba, em evento das Nações Unidas.
As duas foram selecionadas pela segunda vez consecutiva para integrar o evento Circuitos
Urbanos do programa ONU-Habitat. Ano passado o evento digital que acontece ao longo de
todo mês de outubro atraiu uma audiência de 49.700 pessoas, segundo a organização. O
tema desta edição são as “Cidades na Linha de Frente da Ação Climática.”
Incentivos fiscais e financeiros para proteção ambiental
Samanta Pineda, também confirmada para o COP-26, encontro da Convenção-Quadro das
Nações Unidas sobre Mudança do Clima que acontecerá em novembro em Glasgow, na
Escócia, discutirá o pagamento de serviços ambientais e como isso pode mudar a
sustentabilidade urbana. “Vou falar de projetos que impactam positivamente o meio
ambiente e que agora, de acordo com a nova lei 14.119 podem ser remunerados por isso”,
conta Samanta.

Samanta Pineda, advogada de Direito Ambiental

A advogada afirma que até então a proteção ambiental brasileira só se dava por punição,
mas que o cenário pode e deve mudar, porque dará uma vantagem aos projetos que antes
eram encarecidos por serem ambientalmente mais corretos que outros. “Pela primeira vez
nós temos uma Lei que prevê uma tutela do meio ambiente por incentivo, inclusive
financeiro às boas práticas. Isso pode mudar a vida de uma cidade. O pagamento por
serviço ambiental pode ser um transformador da sociedade moderna”, explica Samanta
Pineda.

Já a procuradora Cintia Fernandes abordará o uso de impostos, taxas e contribuições como
instrumentos de sustentabilidade ambiental, a chamada Tributação Verde. Segundo a
procuradora, o projeto pretende trazer propostas concretas, com indicativos de ações fiscais
e ambientais que possam ser replicáveis no país e adaptadas às realidades de outras
nações.
O objetivo é trazer soluções e respostas para questões nevrálgicas que envolvem a
sustentabilidade social, econômica e ambiental urbanas. “Convidamos as pessoas a
pensarem sobre a Tributação Verde e a prestação de serviços ambientais para mitigação
dos campos climáticos, para tornar as cidades mais sustentáveis”, diz Cintia Fernandes.

Cíntia Fernandes, procuradora

As painelistas estarão ao vivo no dia 21 de outubro, próxima quinta-feira, das 19h às 21h. A
transmissão dos debates e palestras é on-line e gratuita. A moderação do evento será feita
pelas advogadas Maria Fernanda Messagi, especialista em Direito Processo Civil, e Luiza
Furiatti, especialista em Direito ambiental.
As painelistas
Cintia Estefania Fernandes é doutora em Gestão Urbana pela PUCPR; mestre em Direito do
Estado UFPR; procuradora do munícipio de Curitiba; Presidente da Comissão de Direito à
Cidade da OABPR; Vice-presidente da Comissão de Direito Urbanístico do Conselho Federal
da OAB, professora do Lincoln Institute of Land Policy (EUA), do IBET, da ABDCONST, da
PUCPR e do Programa Nacional de Capacitação das Cidades do MDR (anterior Ministério
das Cidades) e consultora do Conselho da Cidade de Curitiba.
Samanta Pineda é habilitada como coordenadora de Gestão Ambiental pela DGQ da
Alemanha; professora de Direito Ambiental no MBA da FGVSP e de Brasília, no INSPER/SP,
na Fundação Escola Superior do MPRS e no IBDA (Faculdade CNA-Brasília) e sócia
fundadora do escritório Pineda e Krahn Sociedade de Advogados.
Circuito Urbano
O Circuito Urbano também engloba o chamado “Outubro Urbano.” Os dois destacam os
marcos do Dia Mundial do Habitat (na primeira segunda-feira do mês – este ano, em 04 de
outubro) e do Dia Mundial das Cidades (31 de outubro, quando encerra-se o evento da
ONU-Habitat). Os temas giram ao redor de quatro eixos principais: cidades sustentáveis e
livres de carbono; cidades inclusivas e justas; cidades saudáveis e cidades resilientes. Os
formatos variam entre palestras, oficinas e eventos culturais, desde que realizados na
modalidade virtual. Em três anos de existência, o Circuito Urbano realizou cerca de 400
eventos.
ONU-Habitat
O Programa das Nações Unidas para os Assentamentos Humanos (ONU-Habitat) foi criado
em 1978, como resultado da Conferência das Nações Unidas sobre Assentamentos
Humanos (Habitat I). Tem sede em Nairóbi, capital do Quênia, e é a agência das Nações
Unidas atuante no desenvolvimento urbano social, econômico e ambientalmente
sustentável. O ONU-Habitat está presente no Brasil há mais de 20 anos e o escritório
regional para América Latina e Caribe e o escritório para o Brasil e Cone Sul estão
localizados no Rio de Janeiro. Também há equipes fixas nos municípios de Belo Horizonte
(Minas Gerais), Maricá (Rio de Janeiro), Maceió (Alagoas) e Recife (Pernambuco).

Serviço:
Acupunturas Estratégicas Fiscais e Ambientais:
Tributação Verde e Prestação de Serviços Ambientais
Data: 21/10/2021
Horário: 19h às 21h
Acesso: Canal do Youtube Circuito Urbano
Link: https://www.youtube.com/c/CircuitoUrbano-ONU-Habitat

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Paraná suspende queima controlada no campo - Conexão Agro
Coluna 205 - Paraná suspende queima controlada no campo
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Paraná suspende por 90 dias queima controlada no campo para prevenir incêndios; pesquisador da Embrapa Soja orienta produtores como enfrentar o clima seco e os efeitos da La Niña na safra 2024/25. Confira as notícias do campo no podcast “Conexão Agro”.

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