quarta-feira, 18 de setembro de 2024

Agricultura Familiar

Ajudados pelo clima, produtores de mandioca retomam colheita no Paraná

Os produtores de mandioca do Paraná finalmente dispõem de condições climáticas favoráveis para retomar as colheitas. Com isso, a oferta de matéria-prima paranaense para as indústrias cresce, e elas podem reduzir a dependência de outros estados. Esse é um dos temas do Boletim Semanal de Conjuntura Agropecuária referente à semana de 11 a 17 de março. O documento é preparado pelos técnicos do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento.

As primeiras estimativas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) indicam uma área de 1.240.000 hectares e produção de 18 milhões de toneladas de mandioca no Brasil. No Paraná, segundo produtor da raiz, atrás apenas do Pará, estima-se que a safra 2021/22 terá 131 mil hectares, com produção de 2.850.000 toneladas.

Ainda que seja o segundo em produção, o Paraná é o primeiro produtor de fécula, com várias indústrias instaladas no território. A busca de mandioca em regiões mais distantes já faz parte do planejamento do parque industrial nos últimos anos, o que se reduz agora com a retomada da colheita. Mas a previsão é de safra menor e as indústrias devem novamente se socorrer em estados vizinhos.

Os preços continuam em alta. Na última semana, a mandioca na indústria custava, em média, R$ 650,00 a tonelada. A fécula foi comercializada por R$ 99,00 a saca de 25 quilos, o que representou aumento de 3% em relação à semana imediatamente anterior. A farinha crua teve reajuste de 1% e foi negociada por R$ 142,00 a saca de 50 quilos.

Banana e feijão

O boletim destaca, ainda, a comercialização de banana nas unidades da Ceasa/PR em 2021. A fruta foi a primeira em quantidades negociadas e a segunda em valores. As 77,9 mil toneladas movimentaram R$ 179,9 milhões, com preço médio de R$ 2,31. No total, a Ceasa transacionou 584,4 mil toneladas de frutas, com giro financeiro de R$ 1,7 bilhão.

A colheita da primeira safra de feijão 2021/22 já se encerrou. O Paraná cultivou 141 mil hectares e produziu 185 mil toneladas, volume 33% inferior ao previsto inicialmente em razão da estiagem. Para a segunda safra, a estimativa é de 272 mil hectares e produção de 537 mil toneladas.

Soja, milho e trigo

O documento do Deral destaca o avanço considerável na colheita de soja, que atingiu 68% da área plantada neste ciclo, ou 3,8 milhões de hectares. Isso representa 10 pontos percentuais acima do que estava colhido na mesma época na safra anterior.

O milho também foi favorecido pelas condições climáticas e o plantio atingiu 87% da área estimada de 2,6 milhões de hectares para a segunda safra 2021/22, a maior da história. Já a colheita do grão de primeira safra alcançou 75%, com ritmo mais lento exatamente por estar no final.

Sobre o trigo, o registro fica nos preços praticados. Na última semana, atingiu no Paraná, em média, o valor de R$ 1.955 pago pelos moinhos, com valorização de 14% em relação ao que era praticado em fevereiro. Na ponta da venda, os moinhos recebem R$ 152,72, em média, pelo saco de 50 quilos de farinha especial, aumento de 4% em relação ao mês passado.

Suíno, bovino e aves

Ao tratar dessas três proteínas animais, os analistas do Deral recorrem à pesquisa divulgada pelo IBGE nesta semana sobre o volume de abates feitos no Brasil em 2021. Em relação aos suínos, o aumento brasileiro e o paranaense ficou em 9%, refletindo maior exportação e maior consumo interno.

Na avicultura também houve aumento de abates e o Paraná se consolidou como principal produtor dessa proteína no País. O aumento foi de 3,4% em abates e de 8,1% em toneladas de carnes produzidas no Estado. Dessa forma, o Paraná foi responsável por 33,4% do total de carne de frango do País.

Na bovinocultura, ao contrário, houve redução de 16% no abate no Paraná em relação a 2020. Com isso, a produção de carne bovina caiu 14% no Estado. Foram produzidas 308,7 mil toneladas em 2021, com participação de 4% no volume nacional. No Brasil, a produção alcançou 7,4 milhões de toneladas.

Fonte: AEN

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