quarta-feira, 18 de setembro de 2024

Avicultura

Exportações de carne de frango caem 36,9% em junho

Exportações brasileiras de carne de frango, em junho, foram 36,9% menor que no mesmo período de 2017. Considerando todos os produtos, entre in natura e processados, o mês totalizou 234,1 mil toneladas exportadas, enquanto no ano passado foram embarcadas 270,9 mil toneladas, segundo levantamentos feitos pela Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). O saldo foi ainda, 30% inferior que as 333,2 mil toneladas exportadas em maio deste ano.

Conforme os dados da ABPA, o menor volume de vendas gerou impactos na receita das exportações, chegando a US$ 358,1 milhões em junho, saldo 41,9% menor que os US$ 616,4 milhões realizados no sexto mês de 2017, e 30,8% inferior que os US$ 517,6 milhões obtidos em maio.

“A redução de 99,1 mil toneladas e de US$ 159,4 milhões em junho, na comparação com o mês de maio, é resultado direto dos bloqueios nas estradas e da paralisação dos portos ocorridos durante a greve dos caminhoneiros.  Houve uma queda generalizada nos volumes embarcados para todos os mercados importadores”, explica Francisco Turra, presidente da ABPA.

No acumulado do ano, as exportações de carne de frango alcançaram 1,835 milhão de toneladas neste primeiro semestre, volume 13,5% inferior às 2,121 milhões de toneladas embarcadas nos seis primeiros meses de 2017.

Em receita, houve retração de 17,4%, com US$ 2,960 bilhões no primeiro semestre de 2018, contra US$ 3,582 bilhões obtidas em 2017.

O Paraná é maior produtor e exportador brasileiro de frango, respondendo por 36,34% dos embarques  em 2017.

A queda nas exportações preocupa, mas, de acordo com o secretário de Agricultura e Abastecimento do Paraná, George Hiraiwa é preciso buscar novos mercados.

“Estamos olhando em várias frentes, principalmente em parceria com o Mapa, que tem um departamento de comércio exterior, para podermos ver, realmente, os caminhos que estão tomando. Porém, estamos atuando proativamente. Pessoalmente, tenho bom relacionamento na Ásia, com o Japão e, em setembro, tenho viagem marcada para fazer visitas técnicas, buscando novos mercados. Embora o grande mercado é a China, teremos oportunidades novas também. Acredito ainda que precisamos incentivar o consumo interno”, afirma Hiraiwa.

Carne suína in natura – As exportações brasileiras de carne suína também foram impactadas pela greve dos caminhoneiros.

No saldo de junho, as exportações do produto in natura alcançaram 29,7 mil toneladas, volume 44,9% menor que as 54 mil toneladas exportadas no sexto mês de 2017, e 27,5% inferior às 41 mil toneladas embarcadas em maio.

Em receita, as perdas chegam a 59%, com US$ 57,9 milhões em junho deste ano e US$ 141,5 milhões no ano passado.  Na comparação com maio, a diminuição é de 30,5%, diante do saldo de US$ 83,4 milhões no quinto mês de 2018.

No semestre, a retração das vendas em volumes é de 20%, com 234,7 mil toneladas em 2018, contra 293,7 mil toneladas em 2017.  Houve queda também na receita acumulada, de 32%, com US$ 501,1 milhões neste ano, contra US$ 740,3 milhões no ano passado.

“As perdas geradas pelo bloqueio nas estradas impactaram diretamente as projeções iniciais das exportações para este primeiro semestre, em um momento no qual se registravam fortes vendas para a China, o que havia diminuído os efeitos do embargo russo.  A expectativa é que o desempenho mensal seja normalizado em julho”, analisa Ricardo Santin, diretor-executivo da ABPA.

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Coluna 205 - Paraná suspende queima controlada no campo
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