Cresce 28% as vendas internas de máquinas agrícolas e rodoviárias no atacado em junho na comparação com igual mês de 2017 e de 49,8% ante maio. Os números representam 4,9 mil unidades vendidas e foram divulgados pela (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), associação que presenta as montadoras.No primeiro semestre, no entanto, há uma queda de 2,3% sobre igual período de 2017, para 19,8 mil unidades.
A produção de máquinas agrícolas e rodoviárias chegou a 5,5 mil unidades em junho, expansão de 7,7% em comparação com igual mês do ano passado e de 21,6% em relação a maio. No primeiro semestre, no entanto, o segmento tem baixa de 2,4%, para 27,1 mil unidades produzidas.
As exportações de máquinas agrícolas, em valores, totalizaram US$ 251,7 milhões no mês passado, aumento de 12,9% na comparação com junho do ano passado, mas queda de 17,3% ante maio. No primeiro semestre, as vendas externas acumulam expansão de 42,9%, para US$ 1,733 bilhão.
O total de máquinas agrícolas exportadas em junho chegou a 1,1 mil unidades, recuo de 28,8% em relação a igual mês do ano passado. Já em comparação com maio, houve alta de 2,5%. No primeiro semestre, há crescimento de 2,1%, para 6,1 mil unidades.
NOVA POLÍTICA – O governo federal assinou, na semana passada, que institui uma nova política industrial para o setor automotivo.
O instrumento contempla três medidas: compromissos para comercialização de veículos no País, criação do Programa de Incentivo à Inovação Tecnológica e ao Desenvolvimento da Cadeia Produtiva de Veículos Automotores – Rota 2030 Mobilidade e Logística – e mecanismos para desenvolvimento tecnológico da
cadeia de autopeças.
Dentre os principais objetivos da nova política industrial estão o estímulo à geração de inovação por meio da pesquisa e desenvolvimento (P&D), a continuação da melhoria da
sustentabilidade veicular – com redução das emissões de CO2, do consumo de combustível e da valorização dos biocombustíveis – a evolução da segurança veicular e o aumento da competitividade da indústria automobilística brasileira.
O setor acredita que, com horizonte de longo prazo, as medidas oferecerão previsibilidade e segurança jurídica necessária para que as empresas da cadeia automotiva – fabricantes de veículos,
importadores e produtores de sistemas e autopeças – possam planejar adequadamente seus investimentos e estratégias.
Desta forma, o País atrairá investimentos em P&D e a indústria nacional terá condições de evoluir para competir no mercado global.
Para Antonio Megale, presidente da Anfavea, a nova política automotiva é um marco para o país.
“Com o Rota 2030, o Brasil será fortalecido por vários motivos. Os veículos oferecidos no mercado serão cada vez mais eficientes, seguros e sustentáveis, reduzindo as emissões de CO2 e melhorando o meio ambiente e qualidade de vida da sociedade. O país ganha ao
manter uma indústria automobilística ainda mais forte, capaz de competir no mercado mundial devido aos investimentos em P&D. E a indústria passa a ter mais previsibilidade e segurança jurídica, permitindo um planejamento adequado para continuar investindo no Brasil”, destacou.