quarta-feira, 18 de setembro de 2024

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Painel debate os segredos da boa semeadura da preparação do solo à colheita

Tags: agricultura familiar, agronegócio, Cooperativismo, pesquisa

Semeadura bem sucedida garante o sucesso da lavoura. Entre outros fatores, os bons resultados podem ser obtidos com semeadura inteligente e a mecanização.

Produções como a de olerícolas também podem se beneficiar da mecanização. O uso de tecnologia também em hortaliças foi destaque do painel “Semeabilidade e o sucesso da implantação da lavoura”, no XXI Congresso Brasileiro de Sementes (CBSementes), que aconteceu na semana passada, em Curitiba.

A palestrante foi a consultora Samantha Almeida, que falou sobre a mecanização na olericultura.

Ao contrário das lavouras de grãos que são 100% mecanizadas, desde o preparo do solo, plantio à colheita, a olericultura ainda mantém o trabalho basicamente manual.

“Dependendo do tipo de cultivo, a máquina utilizada no plantio de olericultura, se paga em seis meses até 1 ano. O produtor consegue pagar o investimento com a própria cultura. Isso é um retorno considerado rápido. Hoje, a mão de obra é muito deficiente. A máquina faz o trabalho que o homem faz. Apesar de exigir manutenção, não recebe salário. Não imaginamos uma lavoura sem uma botina suja de barro, mas, realmente faltam trabalhadores capacitados. Quando se fala de custo operacional, o trabalho manual é mais barato, mas, vale destacar a deficiência da mão de obra qualificada”, afirmou Samantha.

O painel contou também com a participação do doutor Paulo Arbex Silva, professor da Universidade Estadual Paulista, Campus Botucatu, que ministrou a palestra “Semeadura Inteligente”.

A plantabilidade é um dos assuntos do momento. Arbex orientou os participantes como fazer uma semeadura bem feita.

“Para isso, é necessário preparar as máquinas. Em primeiro lugar é preciso capacitar a equipe de trabalhadores. Quando sabemos o que estamos fazendo, o risco de erro é menor. Também é importante fazer a regulagem das semeadoras com conhecimento dos equipamentos. Não podemos esquecer de manter a manutenção das máquinas em dia para que possam expressar todo o potencial da semente que vou colocar no solo”, aconselhou o professor.

O consultor Luís Felipe de Moura Pinto encerrou o painel com a palestra “Possibilidade em forrageiras”.

Moura compartilhou a própria experiência na implantação de pastagens.

“Sou um usuário de tecnologias. A minha contribuição no congresso foi falar sobre o meu dia a dia. A pecuária sempre foi deixada de lado e, quando é ineficiente a primeira coisa que o pecuarista faz é trocar de atividade. Por isso, 70% das nossas áreas são degradas. É muito fácil culpar a planta forrageira. O que gente está trazendo é uma visão de que o pasto é lavoura no sentido de que tem que ser colhido como uma lavoura e, se a gente não faz isso, apesar de todo o investimento feito em insumos e tecnologia, não irá colher o resultado. Quem planta soja, vai colher soja, o cara que planta milho, vai colher milho, mas o cara que planta pasto, às vezes deixa passar e não colhe na hora certa, não coloca os animais na hora certa. Toda essa produção vegetal que foi feita e não é colhida é perdida”, concluiu Moura.

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Paraná suspende queima controlada no campo - Conexão Agro
Coluna 205 - Paraná suspende queima controlada no campo
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