O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Blairo Maggi, disse ontem (7) acreditar que o embargo russo à carne suína brasileira poderá se encerrado até o fim deste mês. “Estive, agora com o presidente Michel Temer, na reunião do BRICs, quando conversamos com o ministro da Agricultura, Dmitri Patrushev, e o presidente Vladimir Putin Putin, e nossas áreas técnicas finalmente ajustaram suas demandas”. O ministro falou sobre o assunto em entrevista, depois de participar da ExpoFenabrave, em São Paulo.
Na reunião do BRICs, no final de julho, na África do Sul, Maggi disse ter consultado o ministro russo “se havia qualquer impedimento político para o retorno ao mercado do País. Ele garantiu que não, que eram somente questões técnicas, que já foram resolvidas”. O ministro lembrou ter chegado nesta semana o primeiro navio de trigo da Rússia importado pelo Brasil, uma das exigências de comércio múltiplo entre os dois países. E observou que também o mercado de peixes foi aberto. “ Já liberamos vários frigoríficos deles, principalmente de bacalhau”.
Ele falou ainda sobre a abertura de novos mercados no exterior, como o da Coréia do Sul, “mercado importante, mas que cobra um imposto para o ingresso dos produtos”, assunto que, segundo o ministro, será discutido em uma segunda etapa de negociação. “Estamos dispostos a entrar no mercado da África do Sul, com a atividade de suinocultura, muito importante para o Brasil”.
Durante o evento, o ministro apresentou aos participantes estudo da Embrapa de macrologística. “É uma visão prática do transporte de cargas. Estamos oferecendo ao governo, do qual fazemos parte, um instrumento para consulta num momento de decidir os projetos de logística do País”, explicou.
“Quando houver a implantação de uma nova rodovia, ferrovia, hidrovia, o estudo demonstra o foco da produção agrícola. Mas não serve somente para quem planta, mas para quem transporta, para quem faz parte de todo o processo, como o setor de veículos, de equipamentos e assim por diante”.
Maggi comentou sobre a importância do agronegócio, destacando a projeção de crescimento do setor, que é de 30% para os próximos dez anos.