O Brasil, maior exportador mundial de soja, deve fechar 2018 com alta na produção e nos embarques. A previsão é da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), que divulgou nesta terça-feira (6), estatísticas mensais do complexo da oleoginosa.
A estimativa de produção foi revisada para cima 0,8%, de 119,5 para 120,5 milhões de toneladas, enquanto a projeção de exportação aumentou 2,6%, passando de 77 milhões para 79 milhões de toneladas de soja em grão.
Segundo Daniel Furlan Amaral, economista-chefe da Abiove, o cenário atual é decorrente dos efeitos do embate comercial entre Estados Unidos e China.
Para o farelo, a associação estima que os números se manterão estáveis para esse ano. A produção esperada é 32,8 milhões de toneladas e a exportação em 16,750 milhões de toneladas.
A Abiove aumentou a previsão de exportação de óleo em 3,6%, de 1,4 milhão para 1,450 milhão de toneladas. A China também é o principal destino desses embarques.
Já para os estoques finais de soja é esperado uma redução de 27,3%, de 1,465 para 1,065 milhões de toneladas. O farelo poderá continuar com 2,694 milhões de toneladas.
Queda em 2019
Para o ano que vem, a Abiove prevê redução de 6,5% para a exportação de soja, 73,9 milhões de toneladas, ante 79 milhões de toneladas da previsão para 2018.
No farelo, a entidade projeta que a exportação cairá 3,3%, de 16,750 para 16,2 milhões de toneladas e a produção reduzirá 0,6%, de 32,8 para 32,6 milhões de toneladas.
A aprovação da mistura do aumento do biodiesel para B11, a partir de junho, deve aumentar a demanda interna do óleo. A Abiove estima crescimento do consumo de 7,9%, passando de 7,6 para 8,2 milhões de toneladas. Com a demanda maior, a associação projeta que o embarque no exterior diminuirá 72,4%, de 1450 para 400 mil toneladas.
Para o próximo ano, a ABIOVE projeta estoques finais de 1,365 milhão de toneladas para a soja, 2,894 milhões de toneladas para o farelo e 113 mil toneladas para o óleo de soja.