Nesta sexta-feira (13), ventos de até 80 km/h podem atingir o oeste de Santa Catarina e sudoeste do Paraná e ainda sul do Mato Grosso do Sul. A frente fria e um ciclone extratropical estão se formando sobre o mar, perto da Costa do Uruguai e da província de Buenos Aires, mas não deve chegar por aqui., sudoeste do PR e sul de MS.
A formação de uma frente fria associada a um ciclone extratropical. Este novo ciclone ficará sobre o mar e não vai passar sobre nenhum estado do Brasil, mas mesmo assim, a queda de pressão acentuada vai gerar ventos fortes, principalmente sobre o Rio Grande do Sul. A região província de Buenos Aires, onde está a cidade de Buenos Aires, capital da Argentina, e também no Uruguai devem ser os mais impactados por este ciclone extratropical e vão sentir ventos mais intensos do que o Brasil.
Este será o quinto ciclone extratropical que terá alguma influência no Brasil em um período de aproximadamente dois meses. O primeiro, em meados de junho (que causou inundações no nordeste do Rio Grande do Sul), e o segundo ciclone extratropical, que atuou em 8 de julho, se formaram junto ao litoral do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina. O terceiro ciclone extratropical se organizou sobre o Rio Grande do Sul, na segunda quinzena de julho. O quarto ciclone se formou no fim de julho, sobre o mar, no litoral do Uruguai, mas junto ao extremo sul gaúcho.
O ciclone extratropical deve atuar junto à costa da província de Buenos Aires e no litoral do Uruguai durante o sábado, 19, e o domingo, 20. O deslocamento para alto-mar deve começar na noite do domingo e na segunda-feira, 21 de agosto, o ciclone vai se afastando cada vez mais da Argentina, do Uruguai e do Rio Grande do Sul.
Será um ciclone bomba?
No começo desta semana, algumas simulações do comportamento da pressão atmosférica feitas por modelos computacionais de previsão do tempo indicavam uma situação de ciclone bomba, com formação sobre o mar, entre o litoral da província de Buenos Aires e do Uruguai. Porém, as simulações mais recentes diminuíram a queda da pressão atmosférica e o mais provável agora é que não ocorra um ciclone bomba.
Mesmo não sendo do tipo bomba, este ciclone será forte e nos próximos dias vai gerar grande agitação marítima na costa da Argentina, que vai espalhar grandes ondas pela costa do Sul e do Sudeste do Brasil no próximo fim de semana, 19 e 20 de agosto.
Ciclone bomba é a denominação técnica que se dá quando ocorre uma queda da pressão atmosférica muito rápida, de modo que a pressão do ar diminui pelo menos 1 hectopascal (medida da pressão atmosférica) por hora, ou 24 hectopascais em 24 horas.
A queda muito acentuada e rápida da pressão do ar gera ventania e estimula a formação de nuvens muito carregadas, com potencial para tempestades severas. Por isso há uma preocupação especial quando se tem a formação de um ciclone bomba.
Fortes rajadas de vento e chuva no Brasil
O que vai causar mais impacto no Brasil é a frente fria que se organiza nesta sexta-feira, 18, entre o Brasil e o Paraguai junto com o ciclone extratropical. A aproximação de ar polar vai gerar um contraste térmico acentuado nesta região da América do Sul na sexta-feira, depois do crescente aquecimento ao longo desta semana. Além disso, teremos muito ar quente vindo do Norte do Brasil em direção ao Paraguai e ao Sul do Brasil. Esta combinação de fatores vai facilitar a formação de fortes e grandes linhas de instabilidade.
As linhas de instabilidade são formadas por várias nuvens do tipo cumulonimbus, que se deslocam juntas, ao mesmo tempo. Estas nuvens têm potencial para provocar chuva forte, raios, eventualmente granizo e fortes rajadas de vento. O deslocamento destas nuvens provoca a “frente de rajada”, uma ventania que pode causar vários tipos de danos.
Atenção com as rajadas de vento de até 80 km/h especialmente no Rio Grande do Sul. Os valores variam de 60 a 80 km/h no oeste de Santa Catarina, sudoeste do Paraná e sul de Mato Grosso do Sul.
Fonte: Climatempo