Lideranças políticas e empresariais de Londrina  estão confiantes no compromisso do governador Ratinho Junior de garantir a duplicação da PR 445 com recursos do Governo do Estado, sem a necessidade de colocar na concessão de rodovias o último trecho da obra - de Lerroville a Irerê. Eles  participaram ontem de manhã da reunião em Curitiba com o secretário de Infraestrutura e Logística, Sandro Alex.

Mesmo com as dificuldades apresentadas pelo secretário, os representantes londrinenses entendem ser possível buscar um entendimento dos governos estadual, federal e inclusive do Tribunal de Contas da União para assegurar o lançamento do edital antes do leilão do Lote 3, que abrange a PR 445. "Será uma injustiça muito grande com Londrina se a obra for deixada para a concessão. São décadas de luta pela duplicação até Mauá da Serra e não admitimos que, na reta final, toda a mobilização seja em vão", comenta o deputado Tercilio Turini, que lidera o grupo.

A preocupação é que se o último trecho ficar para a concessão, a duplicação será interrompida. "Acontecendo isso, a população londrinense e do Norte do Paraná não vai aceitar. Corremos o risco de trafegar até Irerê em estrada duplicada, depois seguir em pista simples para chegar em Lerroville e na sequência Mauá da Serra. A concessionária tem obrigação de iniciar obras somente depois do terceiro ano de contrato. Ou seja, a duplicação do último trecho pode começar apenas em 2028. Londrina será penalizada mais uma vez", alerta o deputado.

Tercilio Turini ressalta que o movimento pela duplicação completa precisa seguir em frente. "Apesar das dificuldades apontadas pelo secretário Sandro Alex, com a delegação das rodovias estaduais ao Governo Federal, como é o caso da PR 445, temos de encontrar a solução. O governador disse várias vezes que quer fazer a obra para assegurar o pedágio de manutenção. É fundamental atuarmos unidos no convencimento de quem for preciso", afirma Tercilio Turini.