No período de 1 a 21 de outubro, foram registrados volumes de chuva expressivos em parte da Região Sudeste e na Região Sul, sobretudo, em Santa Catarina e no noroeste do Rio Grande do Sul. Há áreas onde o volume total de precipitação ultrapassou 500 mm, impactando negativamente os cultivos de inverno em floração, enchimento de grãos, maturação e colheita, além da semeadura e início de desenvolvimento dos cultivos de verão.
Na segunda semana do mês, ocorreram os maiores acumulados de chuva, beneficiando a semeadura dos cultivos de primeira safra em algumas áreas do centro-norte do país. Contudo, a concentração de precipitações significativas, em parte das regiões Sudeste e Metropolitana no Paraná interrompeu a colheita do trigo e depreciou a qualidade do produto. Em parte das regiões Norte e do Vale do Itajaí em Santa Catarina, o grande volume de chuvas atrapalhou as operações de semeadura do arroz, além de prejudicar o desenvolvimento das lavouras.
Na região Nordeste, predominou o tempo seco, favorecendo a colheita dos cultivos de terceira safra na região do Sealba. Em parte do oeste baiano, e em Imperatriz e Sul do Maranhão, foram registrados baixos volumes de chuvas, possibilitando a semeadura de áreas de sequeiro com cultivos de primeira safra.
No Centro-Oeste, houve acumulados de até 100 mm em algumas áreas, favorecendo o início da semeadura da soja. Entretanto, essas chuvas foram irregulares e mal distribuídas. A média diária de temperatura máxima também permaneceu próxima de 40 graus, atuando na manutenção da baixa umidade no solo, sendo insuficiente para o estabelecimento de parte das lavouras e impactando a emergência e o início do desenvolvimento, além da evolução da semeadura.
Na maioria das áreas do centro-norte do país, a média diária do armazenamento hídrico no solo ficou abaixo de 30%, comprometendo a germinação e o desenvolvimento das lavouras que foram semeadas em solo praticamente seco. Aparentemente, o sudoeste de Mato Grosso do Sul e parte do sul goiano são as regiões do Centro Oeste que apresentam melhores condições para a semeadura e implantação dos cultivos de primeira safra.
A semana começa com o tempo bastante instável sobre o centro-sul do Brasil, devido a uma frente fria que está avançando pela costa do Sudeste e propaga muitas instabilidades sobre região na terça-feira (31).
As chuvas devem se concentrar, preferencialmente, entre São Paulo, sul e zona da Mata Mineira e Rio de Janeiro e devido a intensificação de uma área de baixa pressão atmosférica próximo a região Sul, que deve provocar novos temporais entre o Sul do país e Mato Grosso do Sul entre esta segunda e a terça-feira. Algumas áreas entre a metade norte do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e extremo sul de Mato Grosso do Sul podem receber o volume de água de 100 a 150 mm.
Até a quarta-feira (1) a área de baixa pressão atmosférica deve avançar para o oceano formando uma nova frente fria, que deve avançar pela costa do Brasil espalhando instabilidades sobre o interior do país. Com isso, além de episódios de chuva que devem atingir o Sul do Brasil, tem previsão pra pancadas de chuva entre o interior do Centro-Oeste, no Sudeste e até o sul da Bahia. Na segunda metade da semana deve voltar a chover forte, entre a quinta e a sexta feira, sobre o Sul do Brasil, mais uma vez com maiores acumulados entre o norte Gaúcho e o Paraná, mas a chuva vai continuar se espalhando cada vez mais também pela metade Norte do Brasil.
Entre a quinta e a sexta feira as chuvas devem avançar até as áreas mais ao norte de Gerais, Goiás, Mato Grosso, até o interior da fronteira agrícola do Matopiba e áreas mais ao sul do Pará.
Durante o próximo final de semana o tempo seco vai se intensificar sobre o Sul do Brasil, grande parte de São Paulo e Mato Grosso do Sul, enquanto as chuvas devem acontecer com mais intensidade sobre a metade Norte do Brasil. Quanto as temperaturas ao longo desta semana são esperadas temperaturas bem mais amena sobre o Sul do Brasil e áreas mais ao sul de Mato Grosso do Sul e boa parte do Sudeste. À medida que as chuvas vão se espalhando pelo interior do Brasil as temperaturas devem amenizar um pouco também entre a área Central e o interior do Matopiba. No centro-norte do Brasil a tendência é que o tempo continue abafado, mas não deve fazer tanto calor como nas últimas semanas.
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