Com um perfil empresarial, produtores rurais querem competir globalmente e buscam em eventos como o BelaSafra 2019, que aconteceu semana passada, na Unidade de Difusão de Tecnologia da Balasafra, em Cambé (PR), melhorar a gestão da propriedade e oportunidades para a redução de custos de produção e aumento produtividade. Em quatro dias, o público de 8 mil visitantes, movimentou um volume de negócios 15% maior que a edição passada.
No radar desses agricultores com visão global, o crescimento dos estoques mundiais de grãos, o recorde na produção de soja dos Estados Unidos, as intempéries climáticas, entre outros fatores, são argumentos para apostarem na tendência de queda do mercado.
Para não terem surpresas, lá na frente, e podendo negociar agora a menor porcentagem dos custos de produção, entre 35 e 40%, os produtores movimentaram o balcão de negócios da BelaSafra.
“A gente faz um esforço maior para disponibilizar ofertas aos produtores no evento. É a menor porcentagem que encontram para negociar neste momento. A partir desta semana, estarão sujeitos às oscilações do mercado. Se o mercado subir, acabou a oferta, mas se o mercado cair, as ofertas que encontraram no evento foram as melhores”, ressalta o diretor Comercial da Belagrícola, William Guerreiro, em um balanço do evento.
É uma estratégia de negócio conhecida como Travamento de Custo de Produção (TCP) em que o produtor compra sementes, fertilizantes e defensivos, pagando com a comercialização da própria safra atual. O que terá que gastar, no próximo plantio, já foi pago, o que lhe garante negociar o excedente da produção no mercado.
Guerreiro afirma que os visitantes ficaram satisfeitos não só com as oportunidades do balcão de negociação, mas também com a qualidade do circuito técnico. Destacou ainda que a unidade de difusão já está sendo preparada para a realização de um evento para cultura de inverno.
“O agricultor que visitou o circuito técnico do BelaSafra saiu muito satisfeito com variedades bonitas, tratamentos bons, o que nos deixa também muito satisfeitos. Teremos este espaço, onde é a Unidade de Difusão, pelos próximos 10 anos, e conseguiremos desenvolver tecnologias para serem utilizadas pelo agricultor, conhecendo aqui os nossos testes para alcançarem os melhores resultados no campo “, ressalta o diretor.