Praticamente estagnado, o Produto Interno Bruto da Agropecuária cravou apenas 0,1% em 2018. Para ter uma ideia dessa situação, o índice de 2017 tinha subido 12,5%. Os dados foram divulgados, nesta quinta-feira (28), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O futuro para o setor é ainda mais incerto já que uma trégua na guerra comercial entre China e Estados Unidos pode provocar perdas bilionárias, principalmente para a soja brasileira. O clima também é outra ameaça que está no ar para a produção nacional.
O PIB brasileiro, no geral, cresceu minguados 1,1% em 2018. Analistas enxergam pela frente uma tragédia econômica e social para o país se não acontecer algo de novo positivamente.
Pior que a agropecuária e o setor de serviços, que apresentaram variações de 0,2%, a indústria brasileira recuou 03%.
De acordo com dados do IBGE, após o crescimento recorde de 2017, a agropecuária teve variação de 0,1% em 2018, decorrente, principalmente, do desempenho da agricultura, com destaque para o café (29,4%), algodão (28,4%), trigo (25,1%) e soja (2,5%). Por outro lado, houve quedas em lavouras como a do milho (-18,3%), laranja (-10,7%), arroz (-5,8%) e cana (-2,0%).
Órgãos públicos, como IBGE e Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), e consultorias privadas ainda reavaliam os estragos do clima sobre a safra atual.
O setor terá que torcer para que o clima não prejudique ainda mais a agricultura, que está com lavouras de soja, arroz e milho verão no campo.
O futuro incerto à frente está preocupando também o governo Jair Bolsonaro por causa da perspectiva de perdas bilionários para a agricultura com a crescente possibilidade de trégua comercial entre EUA e China.
Na terça-feira (26), a ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, se reuniu com o presidente para informá-lo de que os produtores de soja podem ser os maiores prejudicados se as duas potências internacional suspenderem a guerra tarifária.