Embarques de carne suína brasileira em fevereiro aumentaram, após forte recuo em dezembro e janeiro. De acordo com a Secretaria de Comércio Exterior (Secex), no último mês, o volume embarcado somou 53,3 mil toneladas, 14% maior do que o registrado em janeiro e 27% dos embarques em fevereiro de 2018. O aumento é avaliado como recorde para o período, considerando a série histórica da Secex.
Segundo agentes consultados pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), esse resultado esteve atrelado à elevação da demanda por parte de países asiáticos, em decorrência dos casos de Peste Suína Africana (PSA).
Os surto da doença, que vêm sendo observados desde agosto do ano passado, principalmente em rebanhos chineses, reduziram a oferta local de produtos de origem suinícola. Consequentemente, a necessidade de importação da China e de outros países afetados tem aumentado.
No Brasil, além do bom desempenho das exportações, neste início de março, a menor oferta interna de animais para abate também tem contribuído para as valorizações do suíno vivo e da carne no mercado doméstico. Na região SP-5 (Bragança Paulista, Campinas, Piracicaba, São Paulo e Sorocaba), o animal vivo se valorizou 3,1% entre 6 e 13 de março, fechando a R$ 4,15/kg nessa quarta, 13. Quanto à carne, o valor da carcaça especial negociada na Grande São Paulo subiu 2,8% na mesma comparação, a R$ 6,35/kg nessa quarta.