domingo, 22 de setembro de 2024

Agronegócio

Gaúchos atingem máxima produtividade de soja e são os campeões do Desafio CESB

Os produtores gaúchos Maurício de Bortoli e seu irmão Eduardo de Bortoli, de Cruz Alta (RS), foram os grandes campeões nacionais da 11ª edição do Desafio CESB de Máxima Produtividade de Soja. Eles alcançaram a média de 123,88 sacas de soja por hectare na safra 2018/2019, o que representa mais do que o dobro da média nacional, que é de 53,4 sc/ha na safra 2018/2019, segundo dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

A premiação ocorreu em Londrina, na última terça-feira (18/06), durante a realização do Fórum Nacional de Máxima Produtividade, organizado pelo Comitê Estratégico Soja Brasil (CESB) em parceria com a Cocamar– Cooperativa Agroindustrial e a SRP – Sociedade Rural do Paraná.

Maurício e Eduardo de Bortoli com o pesquisador Paulo Sentelhas, do CESB (foto: Divulgação/Abisolo)

Os irmãos gaúchos, donos de uma área 8,5 mil hectares, foram campeões da categoria irrigada. Esse foi o primeiro ano da história do Desafio que o grande campeão nacional veio de plantio em uma área irrigada. Para conseguir alta produtividade, Bortoli revela que investiu no manejo agronômico, com a escolha de uma cultivar com características genéticas e fisiológicas compatíveis com o solo e com o clima do local onde fez o plantio.

“É uma conquista da família, feita às muitas mãos. Somos uma empresa familiar de produção de sementes há mais de 30 anos. Esse prêmio só veio confirmar o que estamos fazendo no campo”, disse Eduardo de Bortoli, acrescentando que a família investe em práticas conservacionistas, em especial aos cuidados com o solo. “Às vezes a gente tem que deixar de pensar na lucratividade instantânea e tratar o solo melhor, colhendo os frutos numa safra posterior e não no imediatismo”, afirma Eduardo.

O presidente do CESB, Leonardo Sologuren, informou que desde 2008 o CESB realiza o desafio junto a sojicultores brasileiros com o objetivo de demonstrar que é possível aumentar a produtividade sem aumentar a área, seguindo os preceitos de sustentabilidade e rentabilidade. “Esse índice alcançado pelo campeão é uma amostra do potencial que a produção brasileira de soja possui, o que vem fazendo com que o País cresça no setor e se firme como um dos principais fornecedores de soja do mundo”, avalia Sologuren.

Os vencedores do Desafio enfrentaram dificuldades com o clima, com chuvas fortes entre outubro e novembro de 2018, o que causou prejuízos ao solo e atraso na semeadura. Depois, enfrentaram a falta de chuvas entre dezembro e fevereiro, com a estiagem chegando até a 23 dias. “Tivemos uma atenção especial no controle de pragas e doenças que pudessem impactar em redução da produtividade e da qualidade do produto”, revelou Maurício.

Campeões regionais
O segundo lugar e o título de maior produtor em uma área não irrigada foi também para o Rio Grande do Sul. A propriedade da Família Tolotti, da cidade de Erval Seco, conseguiu colher 123,50 sc/ha, se consagrando ainda como a campeã da categoria sequeiro na Região Sul.
Já o campeão da categoria sequeira na Região Sudeste foi Matheus Grossi Terceiro, de Patrocínio (MG). Ele colheu 110,45 sc/ha.
Na Região Centro-Oeste, categoria sequeiro, o grupo Fazenda Reunidas, de Rio Verde (GO), se consagrou campeão, com a produção de 108,74 sc/ha.
O Estado da Bahia trouxe o campeão da categoria sequeiro na Região Norte-Nordeste. Com 96,86 sc/ha, João Gorgen se destacou naquela parte do País.

O presidente do CESB destaca o fato de a soja estar sendo plantada em todas as regiões do País, demonstrando a adaptabilidade do grão aos solos brasileiros. Isso ficou evidente nas inscrições do Desafio 2018/2019, em que o Comitê atingiu 11,5% das áreas plantadas de soja do Brasil – o que representa 4,14 milhões de hectares. O Brasil conta com cerca de 36 milhões de hectares cultivados com a oleaginosa.

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