Produtores começam a avaliar os estragos causados pelas geadas na madrugada deste sábado (6) em várias regiões do Paraná, que registrou temperaturas negativas em boa parte dos municípios. Entre as principais culturas afetadas estão trigo, milho, café, feijão e hortaliças. Neste domingo (7), a massa de ar frio e seco segue atuando grande parte das regiões paranaenses, ainda conforme o Simepar. O frio mais intenso deve se concentrar entre o sul e centro-sul do Paraná. Na região de Curitiba a mínima deve ser de 3,8ºC. Londrina, na região norte, deve amanhecer com 7,9ºC.
As folhas de feijão ficaram congeladas.
Em Jardim Alegre, próximo a Ivaiporã (PR), onde os relógios marcaram 1 grau na madrugada deste sábado (6), o produtor Alex Belletati, contou ao portal Conexão Agro que teve parte do trigo, café e tomate queimados com a geada.
Ele planta dois mil pés de café e 7 mil pés de tomates. “Ainda não conseguimos calcular os prejuízos, mais tarde poderemos ter uma avaliação mais clara”, comentou ele, acrescentando que até o tomate que estava protegido, em estufa, acabou sendo afetado pelas baixas temperaturas. “ Café queimou bastante, infelizmente”, completou.
O produtor Marcos Paulo Agostini, que tem o Sítio São Jorge, no assentamento Serraria Viana, próximo a Tamarana, usou a técnica da fumaça para proteger seus 6 mil pés de pupunha, que são cultivados na parte baixa da propriedade.
A técnica consiste em fazer uma espécie de cobertor com a fumaça. Coloca-se fogo na serragem e com a elevação da fumaça, a planta fica protegida.
“É importante começar antes da geada se formar. Eu comecei meia noite, creio que tinha que ter começado lá pelas 22 e 23 horas, porque desta vez a geada se formou um pouco mais cedo”, explica Agostini
Na parte alta da propriedade ele tem 1 mil pés de maracujá, sendo que 500 estão em fase de implantação. Todo o cultivo na propriedade é a céu aberto. “As perdas foram maiores na parte baixa, onde está o palmito pequeno. Na
parte alta não afetou”., explicou.
O Departamento de Economia Rural (Deral), órgão da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Paraná)está avaliando as perdas nas culturas.