A colheita da laranja no Norte do Paraná começou e a expectativa é positiva. Somente na Cooperativa Integrada, que trabalha com produtores da região, a estimativa é de comercialização de 2,3 milhões de caixas da fruta para a safra de 2019/2020, 900 mil a mais do que ano passado. Neste ano, a colheita da laranja começou na primeira quinzena de junho e deve prosseguir até fevereiro do próximo ano.
“Estamos no começo da Safra, processando frutas precoces, o que corresponde a 10% do total. A partir do momento que começarmos a inserir a laranja pera, teremos uma noção maior sobre o resultado concreto. Lembrando que pode haver alterações devido ao tamanho da fruta, consequência das variações climáticas”, comenta Paulo Rizzo, gerente da Unidade Industrial de Sucos da Cooperativa Integrada.
O Paraná é o terceiro maior produtor de laranja do Brasil, perdendo para São Paulo, responsável por cerca de 90% da produção nacional, e Minas Gerais, o vice-campeão. No Norte do Paraná, produtores investem na cultura da laranja, tendo em vista o potencial de lucratividade. “Quando o produtor começou a trabalhar com o citrus, a priori, foi pela diversificação. O que temos notado é que, cada vez mais, o produtor tem aumentado o citrus e diminuído, aos poucos, o cereal, isso porque percebeu que consegue ter cinco vezes mais lucratividade na fruta”, compara o agrônomo Odirlei Raimundo de Oliveira Colmiran.
Neste ano, a colheita da laranja começou na primeira quinzena de junho. As variedades que já estão sendo colhidas são a rubi, taquari, hamlin e Iapar 73. No mês de agosto, inicia-se a colheita da laranja pera e, de agosto a outubro, a de meia estação. A tardia começa em outubro e vai até novembro, que é o caso da valência. Finalizando os ciclos, é a vez da supertardia, que vai de dezembro a fevereiro, com as variedades de folha murcha e natal.
No Norte do Paraná, há produtores de laranja em Uraí, Assaí, Rancho Alegre, Cornélio Procópio, Ibiporã, Cambé e Mauá da Serra. Para agricultores que apostam na fruta, investir em consultoria de um especialista pode otimizar a produtividade. De acordo com Colmiran, pelo menos 90% dos fruticultores dispõem de acompanhamento profissional na lavoura. “A dinâmica das frutas é diferente dos cereais. Assim sendo, é imprescindível que haja um profissional que entenda e trabalhe com essa cultura. Desta forma, os conhecimentos mais modernos relacionados àquela produção serão aplicados na cultura da propriedade, sejam relacionados à tecnologia, variedades, produtos, manejo, escolha de insumos, adubação e assim por diante”, completa o agrônomo.