quarta-feira, 25 de setembro de 2024

Agronegócio

Paraná quer garantir abastecimento de vulneráveis na crise do coronavírus

Com previsão de colher uma das maiores safras da história, Paraná tenta garantir suprimento das famílias em situação de vulnerabilidade social na pandemia do coronavírus. Para isso, o governo estadual busca resolver possíveis entraves logísticos e o planejamento de ações. Na agricultura familiar, a preocupação é manter a renda dos produtores.
“O Paraná é um grande produtor de alimentos, e o setor todo trabalha para garantir a comida na mesa da população. Os paranaenses podem ficar tranquilos que não há previsão de desabastecimento nos supermercados”, afirma o governador Carlos Massa Ratinho Junior.
Na agricultura familiar, o foco está em manter a renda das famílias do campo. Nesta semana, foi anunciada a ampliação da compra direta pelo governo estadual de alimentos de pequenos produtores que fornecem para a merenda escolar. Os produtos estão sendo distribuídos para famílias dos estudantes da rede estadual que são cadastradas no Bolsa Família ou estão em situação de vulnerabilidade social. Com a medida, mais 3 mil agricultores familiares começam a vender sua produção ao Estado, passando de 22 mil para 25 mil fornecedores.
“O governo trabalha em rede com os agentes do setor agropecuário, como cooperativas e agroindústrias, e monitora diariamente a situação para que o abastecimento continue funcionando. Não temos tido grandes problemas”, afirma o secretário de Estado da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara.
“Por outro lado, trabalhamos com diferentes cenários para planejar ações mais fortes, caso haja necessidade de garantir o suprimento das famílias, em especial daquelas em situação de vulnerabilidade”, explica.
Produção – Responsáveis por 60% da produção paranaense, as cooperativas agroindustriais também optaram por priorizar o abastecimento. “Não podemos conceber que não haja abastecimento pleno neste momento”, afirma o presidente da Organização das Cooperativas do Estado do Paraná (Ocepar), José Roberto Ricken.
Com grande participação na produção de grãos e de proteína animal, e com atuação desde o plantio até o processamento dos alimentos, as cooperativas reforçaram as medidas de proteção e segurança dos trabalhadores para não interromper o trabalho.
“Estamos sintonizados com o governo e vamos seguir à risca todas as determinações da Organização Mundial da Saúde, do Ministério da Saúde e da Secretaria de Estado da Saúde para preservar, proteger e viabilizar o trabalho”, diz Ricken.
“É uma cadeia que não pode ser interrompida, tudo precisa ser feito no tempo certo”, explica o presidente da Ocepar.  “O funcionamento normal evita a escassez e mantém o preço no comércio. Estamos em todos os municípios, com uma rede de armazenamento e distribuição e respondemos por uma parcela significativa dos alimentos disponíveis nos mercados”, ressalta.
Ceasas – Mesmo com um fluxo de vendas menor por causa do fechamento temporário de restaurantes e outros serviços, as cinco unidades da Ceasa no Paraná mantêm em ritmo normal a comercialização de hortigranjeiros e o atendimento aos compradores nos mercados atacadistas. São comercializados diariamente uma média 5 mil toneladas de alimentos.
Segundo a diretoria da empresa, não há risco de desabastecimento de frutas, legumes e verduras. Devido à boa oferta das regiões produtoras, os chamados Cinturões Verdes, os preços se mantêm estáveis neste período, com a chegada de produtos também de outras regiões do país, principalmente de frutas.
“Houve uma queda na comercialização, mas mantemos o abastecimento. Supermercados, quitandas e feiras-livres em vários municípios continuam atendendo normalmente”, explica o diretor-presidente da Ceasa, Éder Eduardo Bublitz.
Supermercados – Considerado serviço essencial, o setor supermercadista continua funcionando e mantém a comercialização neste período. A Associação Paranaense de Supermercados (Apras) garante que não há riscos de desabastecimento, mas pede cautela aos consumidores para que não estoquem produtos em casa, o que pode resultar em prateleiras vazias e preços mais altos.
Para evitar essa prática, a entidade firmou um acordo com o Procon e a Secretaria de Estado da Justiça, Família e Trabalho para limitar a venda de alguns produtos quando necessário. A venda de leite ficou limitada a 12 unidades por cliente, de papel higiênico a dois fardos, independente  da quantidade de rolos, e de álcool 70% a cinco unidades por pessoa.
A medida está prevista no Código de Defesa do Consumidor e cada comerciante pode estender a limitação de produtos de acordo com a disponibilidade de seu estoque.
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