A unidade pioneira fica em Itapiranga (SC). A solenidade de certificação acontecerá no próximo dia 26, em Florianópolis.
O presidente da Associação Catarinense de Avicultura (AVAC), José Antônio Ribas Júnior, afirma que a certificação é um avanço não só para a avicultura de Santa Catarina, como a brasileira.
“Quem acompanhou de perto este tema sabe o valor institucional desta conquista para o setor produtivo”, ressalta.
As primeiras certificações de compartimentação no mundo estão sendo concedidas para a unidades de frango de corte da Seara Alimentos, de Itapiranga/SC e de genética de ovos da Hy Line, de Nova Granada (SP).
A compartimentação é um programa que consiste na estruturação da produção em compartimentos, que mapeiam e isolam plantas e estruturas de granjas.
Com este modelo produtivo, a reação a eventos epidemiológicos será mais rápida e de controle mais fácil, reduzindo os impactos econômicos e maior maior segurança sanitária à cadeia produtiva.
Ao mesmo tempo, por estar isolado, o sistema compartimentado proporciona melhores garantias de continuidade das vendas internacionais em caso de eventualidades sanitárias.
Ribas lembra que esforços nessa direção já estavam sendo feitos, nos últimos anos, com a regionalização da avicultura brasileira, em atendimento a diretrizes do Código Zoosanitário da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), estabelecida como medida para reduzir o impacto sobre a produção avícola diante da possível ocorrência de um foco de doenças da antiga lista A (Influenza Aviária, Newcastle).
O presidente da ACAV destaca que adoção da compartimentalização representa um avanço ainda maior no sistema de proteção da cadeia industrial da avicultura brasileira, já considerada uma das mais avançadas do mundo.
A ACAV defende a compartimentalização com objetivo de melhorar o controle para não disseminar as doenças em caso de um foco e, em caso de registro de doenças, manter as exportações de Estados não afetados.
“Os Estados têm capacidade para assumirem mecanismos eficazes no controle de doenças”, observa Ribas Júnior, lembrando que todos estão comprometidos com um programa de prevenção e controle: governo, empresas avícolas e criadores.