quarta-feira, 18 de setembro de 2024

Agroecologia

Plano Safra 2020/2021 terá mais recursos e melhores condições de financiamento

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) lançou nesta quarta-feira (17) o Plano Safra 2020/2021. São R$ 236,3 bilhões para o financiamento da agropecuária brasileira. O valor é R$ 13,5 bilhões maior do que da temporada passada.

Do volume total de financiamentos do Plano Safra 2020/2021, R$ 179,38 bilhões serão destinados ao custeio e comercialização (5,9% acima do valor da safra passada) e R$ 56,92 bilhões vão ser para investimentos em infraestrutura (aumento de 6,6%).

 

A ministra do Mapa, Tereza Cristina, disse que Plano Safra valoriza os pequenos e médios produtores e que o incentivo à produção sustentável também é destaque.

“Uma atividade totalmente ligada à natureza só pode ter como caminho a sustentabilidade”, destacou a ministra.

No mesmo dia do lançamento do Plano Safra 2020/2021, o Comitê de Política Monetária (Copom) cortou a taxa Selic em 0,75 ponto percentual, a 2,25% ao ano. O menor patamar da história.

Os produtores rurais esperavam que a queda na taxação, pudesse derrubar os juros do Plano Safra. Algumas categorias do financiamento tiveram redução, como o Moderfrota, com recursos de R$ 6,5 bilhões e taxa de juros de 7,5%.

Os financiamentos do Plano Safra podem ser contratados nas instituições financeiras de 1º de julho a 30 de junho de 2021. O Sicredi Paraná/São Paulo, por exemplo, deve financiar mais de R$ 1 bilhão.

Até abril, o Sistema Sicredi liberou R$ 17 bilhões em operações de crédito em mais de 172 mil contratos na temporada do plano que termina.

Entre as 114 cooperativas do sistema em todo o Brasil, a União Paraná/São Paulo já liberou mais de R$ 800 milhões no Plano Safra 2019/2020.

A expectativa é fechar o ciclo com R$ 870 milhões em operações. O gerente de Desenvolvimento do Agro do Sicredi União/Paraná São Paulo, Vitor Miguel Pasquini, afirma que a expectativa da instituição financeira é de um crescimento de 19% nas operações do novo Plano Safra.

“As expectativas para o Plano Safra são muito boas. Vamos ter um crescimento de 19%, passando de R$ 1 bilhão em operações”, ressalta, Pasquini.

Para o Programa Nacional de Financiamento da Agricultura Familiar (Pronaf), o valor liberado é de R$ 33 bilhões com juros de 2,75% e 4% ao ano.

Os agricultores familiares poderão continuar usando o crédito para financiar e reformar casas rurais. Nesta safra, os recursos para este fim somam R$ 500 milhões.

Os médios produtores rurais terão R$ 33,1 bilhões, por meio do Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp). A taxa de juro é de 5% ao ano (custeio e comercialização). Já a taxa de juro para os grandes produtores é de 6% ao ano.

Os agricultores familiares e os médios produtores poderão financiar atividades de assistência técnica e extensão rural, de forma isolada, por meio do Pronaf e Pronamp, respectivamente.

A agricultura familiar representa o maior percentual da carteira de crédito do Sicredi União Paraná/São Paulo.

“Sessenta e seis por cento de toda a carteira de crédito da cooperativa são  Pronaf, em torno de 17% Pronamp e 17% grandes produtores. Isso mostra que, diferente de outras instituições financeiras, o Sicredi tem um compromisso de desenvolver as pequenas comunidades de agricultores familiares”, afirma o gerente de Desenvolvimento do Agro do Sicredi Paraná/São Paulo, Vitor Miguel Pasquini.

A subvenção ao Seguro Rural teve um acréscimo de 30% no valor, chegando a R$ 1,3 bilhão, o maior montante desde a sua criação. O valor deve possibilitar a contratação de 298 mil apólices, num total segurado de R$ 52 bilhões e cobertura de 21 milhões de hectares.

“Considero o seguro agrícola um insumo de extrema importância para as lavouras. O produtor rural evoluiu muito em manejo, genética e em tecnologia de aplicação, mas tem um item que é muito desafiador no agronegócio. A questão dos fatores climáticos, que o produtor não controla. Ele pode mitigar esse risco, através do seguro agrícola. A lavoura é uma empresa a céu aberto e o produtor precisa proteger a sua produção. É indispensável a contratação do seguro”, avalia, Vitor Miguel Pasquini.

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Coluna 205 - Paraná suspende queima controlada no campo
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