quarta-feira, 18 de setembro de 2024

Agronegócio

Live Conexão Agro debate agropecuária sustentável nesta terça

Frear o aquecimento global, reduzindo  emissões de  Gases de Efeito Estufa (GEE), é um desafio mundial. Entretanto, a pecuária brasileira é um dos setores do agronegócio que vem adotando algumas ações sustentáveis para minimizar os impactos ambientais na camada de ozônio e produzir carne de melhor qualidade.

O conceito de sistemas sustentáveis é uma opção de produção que está sendo colocada em prática pela Embrapa Gado de Corte (MS) com a marca Carne Carbono Neutro (CCN). A ideia é ter um manejo mais eficiente, além de estimular o setor com a abertura de mercados de maior valor, enquanto se avança no sentido da produção sustentável.

Este tema será debatido amanhã, dia 7, na live Conexão Agro – Agropecuária Regenerativa de Baixo Carbono, promovida pelo portal, com três especialistas convidados:  o pesquisador da Embrapa Gado de Corte (MS), Roberto Giolo; o diretor da Pangea Capital, Roberto Strumpf e o presidente do Grupo Roncador, Pelerson Penido.

O pesquisador Roberto Giolo é líder do projeto Integração-Lavoura- Pecuária-Floresta (ILPF) da Embrapa Gado de Corte, que trabalha seguindo as metas previstas no Plano ABC (Agricultura de Baixa Emissão de Carbono) do governo federal, com o objetivo de reduzir a emissão de GEE no setor agropecuário.

“O Plano ABC estimula tecnologias melhoradas tornando a propriedade mais sustentável e, obviamente, trazendo retorno financeiro maior ao produtor”, afirma Giolo, acrescentando que, qualquer tecnologia que venha melhorar a condição de produção do sistema produtivo, contribuirá para minimizar e mitigar os efeitos dos gases de efeito estufa.

“Até a simples escolha de uma variedade de capim, adaptada às condições de solo e clima da propriedade, vai ajudar no processo de melhoria e menor emissão de gases, assim como a escolha da raça bovina, adaptada às condições climáticas”, exemplifica o pesquisador. As tecnologias adotadas abrangem práticas agrícolas ainda como o manejo correto do solo, a rotação de culturas em sistema de plantio direto, sistemas de IPF e ILPF entre outras que vêm sendo adotadas por pecuaristas.

Trocando em miúdos, não é possível falar em viabilidade da produção pecuária sem reduzir concentrações atmosféricas de GEE. O produtor precisa estar ciente de que, ao mesmo tempo em que ele pode produzir mais numa mesma área de plantio, estará contribuindo para minimizar os problemas ambientais e as adversidades climáticas. “Se o produtor usar os recursos e tecnologias de forma adequadas, manejar o sistema de acordo com as técnicas recomendadas, vai ganhar em produtividade, ou seja, a  eficiência do sistema produtivo vai permitir também uma produção de melhor qualidade com maior retorno econômico e,  por consequência,  menor emissão de gases de efeito estufa”, afirma Giolo.

De acordo com o pesquisador, o uso de sistemas produtivos sustentáveis na criação de bovinos de corte para compensação das emissões de metano, e o conforto animal, são a essência do conceito Carne Carbono Neutro, que a Embrapa vem desenvolvendo desde 2012, e que deverá ser lançada no mercado após a pandemia do Covid-19.

Com práticas sustentáveis Grupo Roncador aumenta produção

O Grupo Roncador é um exemplo de gestão bem sucedida, que vem servindo de modelo para outras propriedades. Considerado um dos principais grupos agropecuários do Brasil, o Roncador está conseguindo reduzir a emissão de carbono com práticas de gestão sustentáveis na sua  propriedade em Querência do Norte, no Mato Grosso (MT).

Nos últimos 10 anos, o presidente do Grupo Roncador, Pelerson Penido, resolveu mudar a forma como tocava a fazenda que apresentava baixa produtividade. Ele intensificou a pecuária, integrou com o plantio de soja, e aumentou a produção de alimentos em 40 vezes sem derrubar nenhuma árvore.

Nesse período, Penido identificou um aumento significativo na produção de alimentos sem precisar ampliar a área produtiva; detectou um aumento na fauna, na manutenção da floresta e na melhoria do solo. “Faltava medir o carbono e foi isso que fizemos. Por meio de uma pesquisa de carbono no sistema produtivo, obtivemos um balanço das emissões que foi o ponto de partida: ao invés de emitir passamos a sequestrar carbono”, exemplifica.

Pangea Capital vê potencial de mercado de crédito de carbono

O diretor da Pangea Capital, consultoria ambiental, Roberto Strumpf, explica que a remoção de carbono na atmosfera e aprisionamento deste carbono no solo, nas pastagens, é possível por meio de práticas agropecuaristas, que já vêm sendo adotadas por propriedades brasileiras. Ele participou do estudo “Pegada de Carbono e Hídrica na Cadeia da Carne Bovina no Brasil”,  que aponta que  produção de carne por hectare produziu menos gases de efeito estufa por quilo de carne, sem desmatamento.

O trabalho concluiu que a cadeia da pecuária de corte produz dióxido de carbono, metano e óxido nitroso. Para sintetizar o impacto ambiental, o efeito de cada gás é calculado em equivalentes de gás carbono. De 2008 a 2017, anos sob estudo, o rebanho bovino de corte passou de 166,7 milhões de cabeças para 183,7 milhões de cabeças.

“Há um potencial de mercado que tem se desdobrado por meio dessas práticas, através, principalmente, dos mercados voluntários de crédito de carbono”, diz Strumpf.

INSCRIÇÕES – Para se inscrever na live Conexão Agro – Agropecuária Regenerativa de Baixo Carbono acesse a plataforma Sympla (sympla.com.br). A inscrição é gratuita e os participantes irão receber certificado.
A live Conexão Agro – Agropecuária Regenerativa de Baixo Carbono tem o patrocínio da Adama, Sementes Germibras e Nutrivanza Nutrição Animal. E como apoiadores: Anprosem, Embrapa, Pangea Capital, Grupo Roncador, Master Ambiental, Rádio UEL FM e Fábrika Produtora Multimídia.

 Clique neste link para inscrição
 
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Paraná suspende queima controlada no campo - Conexão Agro
Coluna 205 - Paraná suspende queima controlada no campo
11/09/2024

Paraná suspende por 90 dias queima controlada no campo para prevenir incêndios; pesquisador da Embrapa Soja orienta produtores como enfrentar o clima seco e os efeitos da La Niña na safra 2024/25. Confira as notícias do campo no podcast “Conexão Agro”.

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