terça-feira, 24 de setembro de 2024

Agronegócio

Quase 70% dos produtores de frutas afirmam ter tido rentabilidade prejudicada por covid-19

tomate Brasil

Apesar de ser um segmento econômico essencial, o agronegócio teve suas vulnerabilidades expostas pela interrupção ou limitações das vias de comercialização, consideradas até então, sem precedentes, devido à pandemia do coronavírus. É o que aponta pesquisa realizada pela revista Hortifruti Brasil, do Centro de Estudos em Economia Aplicada (Cepea – Esalq/USP). O levantamento revela que 68% dos produtores de frutas e hortaliças afirmaram ter registrado rentabilidade parcialmente ou totalmente prejudicada.

No geral, parte do setor só não teve prejuízo mais intenso no primeiro semestre porque a oferta da maioria dos produtos foi controlada de março a maio. No caso das hortaliças, a safra de verão teve a produtividade reduzida e o volume ofertado esteve menor, especialmente para produtos como batata, cebola, cenoura e tomate. Quanto às frutas, o clima prejudicou a produção, ao passo que as exportações (incluindo de suco de laranja) registraram bom desempenho, limitando a disponibilidade doméstica e reduzindo a pressão sobre os preços.

A partir de junho, com a retomada gradual das atividades econômicas, o consumo de frutas e hortaliças reagiu. No entanto, é importante lembrar que a covid-19 segue ativa e que ainda não há medida eficaz no combate ao coronavírus. Assim, os próximos meses devem ser marcados por desemprego, queda no poder de compra da população e por consequentes mudanças de hábito do consumidor.

Se as perspectivas de muitas consultorias se concretizarem, o “novo normal”, em termos econômicos, deve ocorrer apenas em 2022. Ou seja, a realidade do hortifruticultor deve seguir alterada por um longo período. E, para enfrentar esse cenário, dentre as principais estratégias citadas pelos entrevistados estiveram o aumento da eficiência, ou seja, incremento na produtividade, e a redução de área. E o alerta é que os resultados da pesquisa realizada pela equipe mostram que uma parcela considerável dos produtores (pouco mais de 20%) não adotou planos de ação para atravessar esse difícil período.

Fonte: Cepea – Esalq/USP

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