A colheita de milho segunda safra avança com boas condições climáticas nos últimos dias, aponta o boletim do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria da Agricultura e Abastecimento, divulgado nesta sexta-feira (7).
O predomínio do sol em todas as regiões, contribuiu para um crescimento significativo na colheita de milho no Paraná. Os dados mostram que mais de 850 mil hectares já foram colhidos, o que representa 37% da área total estimada de plantio.
A previsão é de que haverá mais alguns dias quentes e com o sol brilhando, o que deve favorecer a continuidade da colheita. A estimativa de produção permanece em 11,5 milhões de toneladas, uma redução de 1,5 milhão em relação ao prognóstico inicial. As atenções voltam-se também para o preço do produto, que pode se tornar atraente no mercado atacadista.
Mandioca e soja – Mas se a questão climática é boa para a colheita do milho, volta a preocupar a maioria das regiões produtoras de mandioca. Em agosto, normalmente, as chuvas já são escassas, mas este ano segue-se a uma estiagem prolongada. O boletim aponta que o preparo de solo e o plantio foram interrompidos, em especial nos municípios do noroeste.
Em relação à soja, o documento do Deral reforça que o Brasil continua como principal fornecedor para o mercado chinês. Também há informações sobre as cotações do produto, principalmente diante de informações de que a safra norte-americana está em boas condições.
Batata e frutas – Na olericultura, o boletim informa que a segunda safra de batata está com 96% da área colhida. No entanto, o aumento de oferta e a demanda reduzida refletiram no preço, que só não foi menor em razão de quebra da safra na região Sul.
O documento analisa também a comercialização de frutas, traçando um comparativo entre o que ocorreu no ano passado e aquilo que se verifica em 2020 tanto em relação a volume quanto preço.
Leite e ovos – No setor lácteo, o boletim destaca a instabilidade que a pandemia tem provocado, mas registra que o preço pago aos produtores reagiu no mês passado e já apresenta alta de 18% em relação a janeiro.
Os preços pagos ao produtor também são analisados no que se refere a ovos. Mas, ao contrário do leite, houve retração em julho, assim como já havia ocorrido nos dois meses anteriores. Entre os motivos, o boletim apresenta a proibição de eventos coletivos, cancelamento de festas e as escolas fechadas.
Também há uma análise sobre o mercado mundial de feijão, destacando os principais exportadores e importadores da leguminosa.
Fonte: AEN