O Brasil receberá na 86ª Sessão Geral da Assembleia Mundial da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), em Paris, que acontece de 20 a 25 de maio, o certificado internacional de zona livre de febre aftosa com vacinação. A certificação compreende os estados do Amapá, Roraima, partes do Amazonas e Pará. Com isso, o processo de implantação de zonas livres da doença alcança toda a extensão territorial brasileira e o País se torna Livre da febre aftosa.
O encontro reunirá delegados dos 181 países membros e contará com a presença de chefes de Estado e ministros de Agricultura.
Os esforços de todos os órgãos de defesa sanitária do País, dos produtores e da indústria pecuária para erradicar a doença do território nacional estão sendo comemorados com a Semana Brasil Livre da Febre Aftosa, que começou segunda (2) e vai até quinta-feira (5), considerada o Dia A de combate à doença.
Na programação está o lançamento de um selo pelos Correios em comemoração à nova condição sanitária do Brasil em relação à febre aftosa.
Hoje (3) será inaugurada a exposição de painéis no túnel que liga o edifício sede do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) ao seu anexo. Uma linha do tempo narra os fatos relevantes do combate à doença, desde o primeiro registro da febre aftosa no Brasil, com imagens das campanhas de vacinação e mais informações.
Na quarta-feira (04), a partir das 9 horas, o secretário de Defesa Agropecuária, Luís Rangel, e o diretor do Departamento de Saúde Animal, Guilherme Marques – delegado do Brasil na Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) – visitarão o Laboratório Nacional Agropecuário (Lanagro) de Pedro Leopoldo, em Minas Gerais. Referência para análises e diagnósticos de aftosa, o Lanagro Pedro Leopoldo foi reconhecido pela ONU/FAO na área de Biossegurança e Manutenção de Laboratórios de Alta Contenção Biológica no início de 2018. É também referência internacional em gestão de riscos biológicos, atingindo posição de vanguarda no continente americano. O reconhecimento foi alcançado por causa da unidade de máxima contenção biológica, que tem instalação bio-contida – ambiente com elevado nível de biosseguridade – para evitar escape de vírus, o que garante segurança ao ambiente externo.
No Brasil, o próximo passo será a última etapa de erradicação da doença, com ampliação da zona livre de febre aftosa sem vacinação, conforme prevê o Programa Nacional de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa (PNEFA). Para isso será fundamental fortalecer os Serviços Veterinários, a vigilância e a prevenção da doença, e as parcerias público-privadas.
A partir de maio de 2019, o Acre e Rondônia, além de municípios do Amazonas e Mato Grosso, iniciam a suspensão da vacinação. A previsão é que os produtores parem de vacinar o rebanho após maio de 2021, e o País inteiro seja reconhecido pela OIE como País livre de aftosa sem vacinação até maio de 2023.