sábado, 21 de setembro de 2024

Agronegócio

Governo Bolsonaro põe de lado liberalismo econômico e notifica supermercados e produtores por aumento da cesta básica

arroz em casca

Governo Bolsonaro escanteia ainda mais a agenda liberal de campanha ao notificar, nesta quarta-feira (9), supermercados e produtores para explicarem o aumento de preços da cesta básica. Já para frear a alta do arroz, a Câmara de Comércio Exterior (Camex) decidiu zerar a alíquota do imposto de importação para o cereal em casca e beneficiado até 31 de dezembro deste ano.
A cobrança aos supermercados e produtores foi feita pela Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon). Os esclarecimentos terão que ser dados pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras) e representantes de produtores em cinco dias.

A medida surpreendeu a equipe de Paulo Guedes, ministro da Economia, que vem sofrendo constantes revezes, e também o setor de supermercados que, recentemente, foi cobrado pelo presidente para que tivesse mais “patriotismo”. A cobrança foi considerada populista.

A redução temporária da alíquota do imposto de importação de arroz também não é bem avaliada, não trazendo ganhos, principalmente para o consumidor. Está restrita à quota de 400 mil toneladas, incidente nos produtos abarcados pelos códigos 1006.10.92 (arroz com casca não parboilizado) e 1006.30.21 (arroz semibranqueado ou branqueado, não parboibilizado) da Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM). A decisão foi tomada durante a 8ª Reunião Extraordinária do Comitê-Executivo de Gestão (Gecex), por proposta do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
A ministra Tereza Cristina anunciou o pedido ao Gecex e disse que não irá faltar arroz no país. Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), vinculada ao Mapa, a produção de arroz estimada para a próxima safra (2020/21) é de 12 milhões toneladas, um incremento de 7,2% em relação à safra anterior.

Analistas avaliam que a liberação da taxa de importação do arroz para países fora do Mercosul não resolve o problema a curto prazo. O cereal importado deverá demorar para desembarcar, no Brasil, em até 60 dias. O que pode esticar a crise.

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Coluna 205 - Paraná suspende queima controlada no campo
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