As altas temperaturas e o clima seco têm preocupado citricultores do estado de São Paulo consultados pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea-Esalq/USP), mas a seca também é grande no Paraná. Além de limitar a oferta de laranjas com qualidade na safra corrente (2020/21), esse cenário pode prejudicar a produção da próxima temporada (2021/22), visto que as plantas estão bastante debilitadas, e a atual fase, de fixação dos frutos (pegamento), é bastante crítica – alguns citricultores já indicam queda de chumbinhos.
Previsões indicam possibilidade de chuva nos próximos dias em algumas áreas do estado de São Paulo, mas os volumes ainda devem ser insuficientes para compensar os dias de seca. A previsão também é de chuva no Paraná, mas de forma isolada.
Já a colheita de café está praticamente finalizada em todas as regiões acompanhadas pelo Cepea e com algumas floradas pontuais sendo observadas nas lavouras de arábica. Os cafeicultores estão preocupados com o clima quente e seco, que já vem prejudicando as condições dos cafezais.
Com o estresse sofrido após a colheita, o retorno das chuvas é essencial para a recuperação fisiológica das lavouras, para a indução da florada e para o pegamento das flores já abertas. Previsões da Climatempo indicam possibilidade de chuvas no Sudeste a partir do próximo domingo, 20. Quanto aos preços do arábica, estão oscilando com certa força, influenciados por flutuações externas e pela retração vendedora. No balanço de sete dias, porém, houve queda. O Indicador Cepea – Esalq/USP do arábica tipo 6, posto na capital paulista, fechou a R$ 561,54/saca de 60 kg nessa terça-feira, 15, forte baixa de 6,48% frente ao dia 8.
Fonte: Cepea-Esalq/USP