As cotações domésticas do café arábica vêm registrando fortes quedas em setembro. No acumulado parcial do mês (de 31 de agosto a 22 de setembro), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, posto na capital paulista, recuou 76,68 Reais/saca de 60 kg (ou -12,56%), fechando a R$ 533,89/saca de 60 kg nessa terça-feira (22).
Segundo pesquisadores do Cepea, a pressão veio da menor presença de compradores e, especialmente, da forte baixa dos futuros da variedade. No campo, chuvas foram observadas no início desta semana em algumas das regiões cafeeiras de São Paulo, do Sul e Cerrado Mineiros e do Espírito Santo. O volume ainda não foi significativo, mas agentes estão à espera de que as previsões indicando novas precipitações nos próximos dias se concretizem.
O retorno das chuvas é essencial para a recuperação dos cafezais e indução das floradas nos cafezais de arábica. Por enquanto, a abertura das flores foi mais significativa somente na região de Garça (SP), onde um maior volume de chuvas foi registrado em agosto.
Com a colheita praticamente finalizada em todas as regiões acompanhadas pelo Cepea e com algumas floradas pontuais sendo observadas nas lavouras de arábica, cafeicultores estão preocupados com o clima quente e seco, que já vem prejudicando as condições dos cafezais. Com o estresse sofrido após a colheita, o retorno das chuvas é essencial para a recuperação fisiológica das lavouras, para a indução da florada e para o pegamento das flores já abertas.
Fonte: Cepea
https://conexaoagro.com.br/2020/09/22/safra-brasileira-de-cafe-e-a-segunda-maior-da-historia/