Das mais de 600 cabeças de Nelore que estão presentes no Parque Governador Ney Braga, pelo menos 200 participam do principal evento da raça, o julgamento que acontece hoje à tarde, na Pista Central da Exposição Agropecuária e Industrial de Londrina.
A Expolondrina faz parte do ranking Nelore de animais, criadores e expositores 2018. A organização da mostra de Nelore é da Associação dos Neloristas do Paraná, com apoio da Associação dos Criadores de Nelore do Brasil (Acnb).
De acordo com o diretor da Sociedade Rural de Londrina, Ricardo Rezende, a pecuária no Brasil vem mudando significativamente. O perfil de apresentação de animais hoje em exposições tem se adequado a uma realidade vinculada à pecuária de corte. Só pra ter um comparativo, de quatro anos para cá, a participação da raça nelore na exposição saiu de 190 animais para 600 hoje.
“É um número bastante expressivo. Primeiro por conta da adequação do criador de genética que direciona cada vez mais seu trabalho em congruência com o sistema de produção nosso no Brasil. O segundo, porque a economia vem tomando fôlego, se reestruturando e, por esta consequência, a gente também sente o ânimo do criador ao ter um comércio maior de seus produtos, com uma liquidez maior também”, diz.
A expectativa com o julgamento é grande, pois a ExpoLondrina é uma das 10 exposições ranqueadas no Brasil. De cada 10 exposições, o criador precisa participar de sete. Ao final da somatória de pontos, que encerra em novembro, chega-se ao campeão do ranking, mas cada exposição tem o seu campeão. “Nosso parque tem uma estrutura muito boa. Temos aqui uma praça sedimentada. Londrina é uma praça que tem uma importância grande para este ranking”.
A importância da ExpoLondrina também é comprovada pelo trio de jurados, composto pelo presidente da Associação Brasileira de Criadores de Zebu (ABCZ), Arnaldo Manuel de Souza Machado Borges, João augusto de Faria e Lourenço de Almeida Botelho.
A raça zebuína é a mais presente no rebanho brasileiro, com cerca de 80% do total de 220 milhões de cabeças. Segundo Ricardo Rezende, é uma raça que se adaptou muito bem ao modelo de pecuária feita aqui no Brasil, devido as suas características e melhoramento genético. “O melhoramento trouxe para a raça nelore uma precocidade significativa. Hoje abatemos bois com 18 e 19 arrobas com 24 meses de idade. Há 30 anos, atingíamos 19 arrobas com 3 anos de idade. Estamos ganhamos um ano”, compara.
Outra característica muito importante da raça é a capacidade de conversão alimentar e sua mantença muito boa em nível de pasto. “Ela consegue comer uma graminha, transformar isso em proteína nobre e manter seu estado corpóreo e ainda produzir leite”, pontua, lembrando que o Nelore é base da pecuária brasileira. O Brasil nunca vai deixar de ter sua base de produção agropecuária fora da raça nelore”, afirma Rezende.