As tecnologias emergentes do agronegócio têm agora uma plataforma que conecta ecossistemas agtechs, aproximando startups, empresas do agro, investidores, mentores e instituições de pesquisa de todo o Brasil. A iniciativa é dos ecossistemas SRP Valley, de Londrina, Agtech Valley, de Piracicaba (SP), e Agrihub, de Cuiabá (MT).
O lançamento aconteceu sexta-feira (13), no Pavilhão Smart Agro, na Exposição Agropecuária e Industrial de Londrina (ExpoLondrina 2018).
Interessados podem acessar a plataforma no endereço http://www.agtechbrasil.com .
A proposta é que a plataforma se torne uma ferramenta de compartilhamento de conhecimentos e potencializadora de negócios e soluções tecnológicas.
O coordenador da Agtech Valley e gerente da incubadora Esalqtec, Sérgio Barbosa, definiu como emblemático o fato de a Agtech Brasil ser o resultado da união desses três ecossistemas, que têm características potenciais próprios e complementares.
“Londrina é considerada um polo de geração de tecnologia, Piracicaba é um centro acadêmico de referência e Cuiabá reúne grandes produtores e potenciais consumidores de tecnologia”, ressaltou.
A Agtech Brasil, segundo Barbosa, surgiu como proposta de juntar essas competências por meio de uma plataforma que promova a conexão e conectividade entre os diversos atores do agtech.
“Isso porque, por exemplo, a necessidade de um grande produtor do Mato Grosso pode ser atendida pela solução criada por uma startup do Paraná ou ainda por parâmetros agronômicos fornecidos pela Esalq, de Piracicaba. E vice-versa”, acrescentou.
Barbosa destacou que as organizações voltadas ao desenvolvimento de tecnologias para o agronegócio estão sendo demandadas pelas autoridades para que essas tecnologias cheguem o máximo possível aos pequenos produtores.
“Devemos incentivar os pequenos produtores a se organizarem para que possamos fazer esses benefícios chegarem até eles”, disse.
Daniel Latorraca, coordenador do Agrihub, de Cuiabá, foi dos parceiros do projeto o mais diretamente envolvido na elaboração do site, que foi desenvolvido por uma empresa de Cornélio Procópio integrante do APL (Arranjo Produtivo Local) de TIC (Tecnologia da Informação e Comunicação).
“Numa sociedade balizada pela tecnologia, a plataforma deverá assumir o papel que antes cabia ao popular cafezinho ou ao bar como ambientes nos quais surgem grandes ideias e inovações”, comparou Latorraca.
Ele explicou que a Agtech Brasil tem gestão compartilhada pelos três parceiros.
Representante das SRP Valley e um dos idealizadores do Pavilhão Smart Agro, George Hiraiwa definiu o momento como histórico.
Hiraiwa citou passos importantes para o desenvolvimento econômico da região, entre os quais a criação da Associação Comercial de Londrina, da UEL, Iapar, Sercomtel, Sebrae, Embrapa, Adetec, Intuel, da APL de TI e UTFPR.
“A criação da Agtech Brasil deverá ser um novo marco para o desenvolvimento da economia da região. Desta vez, porém, será um processo integrado nacionalmente”, afirmou.
Já o diretor da Sociedade Rural do Paraná, Nivaldo Benvenho, acrescentou que as cooperativas agrícolas são o melhor caminho para que essa transferência tecnológica seja concretizada.