sábado, 07 de setembro de 2024

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Alta do dólar eleva preços do trigo e soja no mercado interno

Tags: CEPEA, commodities, mercado agrícola, milho

Os preços internos do trigo subiram na semana passada, segundo dados do Cepea, influenciados pela valorização do dólar, que, por sua vez, favorece a paridade do cereal nacional frente ao importado. Levantamento do Cepea mostra que, no Rio Grande do Sul, os valores ao produtor e no mercado de lotes (negociações entre empresas) avançaram 4,09% e 5,1%, respectivamente, entre 22 e 29 de abril.

A produção brasileira de trigo deve crescer em 2022. Informações da Embrapa indicam que a área nacional com trigo pode aumentar 13% neste ano, passando de 2,7 milhões de hectares para 3,1 milhões de hectares. Por isso, a produção pode atingir 8,5 milhões de toneladas, o que seria um recorde.

Soja

As demandas de indústrias domésticas e de importadores por soja estiveram mais aquecidas no Brasil nos últimos dias, cenário que impulsionou os preços internos, apesar da desvalorização internacional. A apreciação do dólar frente ao Real foi outro fator de sustentação às cotações domésticas.

Segundo colaboradores do Cepea, no geral, vendedores estiveram mais ativos no mercado, diante dos vencimentos de custeio; contudo, uma parcela de sojicultores segue retraída, à espera de novos avanços dos valores nos próximos meses, para quando a paridade de exportação indica preços maiores frente aos observados no spot nacional atualmente.

Entre 22 e 29 de abril, o Indicador Cepea/Esalq – Paraná subiu 2,43%, fechando a R$ 191,16/saca de 60 kg na sexta-feira, 29. Para o Indicador Esalq/BM&FBovespa – Paranaguá (PR), o avanço foi de 1,38%, a R$ 195,24/sc de 60 kg na sexta.

Milho

Os agentes do setor brasileiro de milho seguem atentos ao clima desfavorável à semeadura nos Estados Unidos e ao desenvolvimento das lavouras de segunda safra no Brasil, contexto que vem limitando a liquidez no spot nacional. Segundo colaboradores do Cepea, parte dos consumidores relata ter estoques confortáveis, enquanto vendedores analisam a necessidade de realização de “caixa” e/ou de liberar espaços nos armazéns.

Nos EUA, desde o início da temporada, as baixas temperaturas têm atrapalhado a semeadura, que está em ritmo lento frente ao esperado pelo mercado e também na comparação com o ano anterior. Por enquanto, a produção norte-americana é estimada pelo USDA em 383,94 milhões de toneladas, e caso a produtividade caia, diante de previsões de clima frio e úmido, a demanda pelo milho brasileiro pode crescer.

Vale lembrar que outros importantes fornecedores do cereal, como Ucrânia e Argentina, também enfrentam problemas na atual temporada. Na Ucrânia, além das interrupções dos embarques pelo Mar Negro, a semeadura prevista para abril e maio pode não acontecer da maneira ideal, devido às dificuldades no transporte de insumos.

Na Argentina, a Bolsa de Cereales estima que serão produzidas 49 milhões de toneladas em 2021/22, 3,5 milhões de toneladas a menos que na temporada anterior. No Brasil, a semeadura da segunda safra foi finalizada, e o desenvolvimento das lavouras está satisfatório na maior parte das regiões. No entanto, produtores de algumas praças do Centro-Oeste estão em alerta, visto que não chove há mais de duas semanas na região.

Fonte: Cepea

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