A fiscalização para verificar os instrumentos que medem a umidade de grãos, iniciada esta semana pela Regional do Ipem em Cascavel, não encontrou nenhum equipamento em desconformidade com a portaria do Inmetro, nas principais cooperativas agrícolas. A fiscalização começou por Cascavel, onde está localizado o Laboratório Umidade de Grãos, e vai se estender por todo o Estado.
“Estamos surpresos, nesses sete dias de fiscalização não houve nenhuma reprovação nos instrumentos verificados até agora em vários armazéns e cooperativas de Cascavel. Todos já estão utilizando os medidores digitais conforme estabelece a normativa do Inmetro, porque o modelo universal já saiu de mercado”, afirmou o gerente da Regional do Ipem e Cascavel, Francisco Bessa.
Segundo Bessa, tudo é examinado com muito cuidado, dentro das normas para trazer segurança aos envolvidos no processo de comercialização dos grãos. “As curvas de calibração dos medidores estavam atualizadas e não foi constatado nenhum erro significativo”, disse. Os aparelhos simulam o Método Padrão de Estufa, aceito mundialmente, mas com maior eficiência.
Os instrumentos devem estar em conformidade com a Portaria 402/2013 e NIE 125/2017, que exigem que os aparelhos tenham aprovação de modelo do Inmetro e passem pela verificação inicial e periódica do Ipem de cada estado. “Essa fiscalização é fundamental para trazer transparência no processo de comercialização do grão. É bom para os dois lados, pois protege o produtor e o armazenista”, afirma Bessa..
Antes da portaria, disse ele, os equipamentos não conseguiam proporcionar a transparência de hoje. “A amostra analisada era destruída. Agora as amostras são guardadas e o produtor tem acesso para eventuais comparações. Manoela Rodrigues da Silva, gerente comercial da Motomco, fabricante de medidores de umidade há 25 anos no mercado, ressalta a relevância da fiscalização e o cumprimento da normativa para trazer transparência na comercialização de grãos. “A importância da fiscalização é fazer esta normativa realmente valer e fazer com que todos os fabricantes entrem em conformidade com as normas do Inmetro. Isso vai possibilitar maior confiabilidade e transparência para os dois lados”, diz Manoela.
A gerente faz questão de destacar que a fiscalização não tem a finalidade de prejudicar nenhuma das partes. “Só vem fortalecer ainda mais os valores de confiabilidade e transparência entre produtores e cooperativas, armazéns, empresas”.
A regulamentação passou a permitir que a umidade de grãos seja determinada corretamente em toda a cadeia de comercialização, desde o agricultor, passando pelas cooperativas e chegando até as importações e exportações. Isso garante que seja estabelecido valor justo na compra e também na venda de grãos, não prejudicando o produtor e nem o comprador.
