quarta-feira, 25 de setembro de 2024

Agronegócio

Bovinos precisam de cuidados especiais no inverno

A proteção dos bovinos no inverno é uma necessidade, que requer cuidados antes da chegada da estação. Além da boa saúde e da condição corporal adequada, a existência de reservas de gordura no corpo do animal influenciam na capacidade de produzir calor e, assim, o rebanho consegue enfrentar o frio sem sofrimento e sem acarretar prejuízos para o criador.

Uma boa alimentação e cuidados com a saúde são as duas condições para manter os animais com alto escore corporal. A afirmação é de Haroldo Pires de Queiroz, zootecnista da Embrapa Gado de Corte.
“A disponibilidade de forragem  entre 2 e 3 toneladas por hectare de matéria seca – MS por hectare para cada Unidade Animal (UA) é indispensável para o bovino manter uma boa condição corporal”, diz.
Ele também ensina que, caso a pastagem esteja com a proteína abaixo de 7%, como acontece a partir do mês de maio, é preciso oferecer um suplemento alimentar de 150 a 200 g/cab/dia de sal proteinado ou de mistura múltipla. Abaixo a sugestão de dieta do especialista:

Além disso, para enfrentar o frio, Queiroz sugere oferecer aos animais acesso a bosques com diâmetro superior a 40 metros e, se for o caso, oferecer ração emergencial de quatro quilos de milho / cab. / dia aos animais magros e muito magros quando as temperaturas chegarem aos 15°C com previsão de baixa, ventos e chuva.

O zootecnista reforça que, no período seco, deve ser garantida a alimentação normal do rebanho, fornecendo forragem em quantidade de 2% de MS ao dia acompanhada de sal/ureia, sal proteico ou mistura múltipla a todo o rebanho.

No caso de geada, o zootecnista aconselha acelerar o consumo da forragem desidratada nas áreas queimadas do pasto, aumentando a lotação nessa área. Ele sugere 10 a 20 animais adultos por hectare vindos de outras áreas da fazenda, e fornecer sal com ureia para aumentar o consumo diário e a digestibilidade da forragem.
“O objetivo é consumir o máximo da forragem desidratada pela geada antes que ocorram chuvas e a forragem se deteriore pelo ataque de fungos. Para cada 20 quilos da mistura mineral completa adicione 18 quilos de ureia pecuária e dois quilos de sulfato de amônio, misture e sirva nos cochos de sal. O consumo esperado desta mistura de sal com ureia é 120g/UA/dia”, explica.

Consequências do frio intenso e da geada para a pecuária

São várias e desastrosas as consequências do frio intenso e da geada,  caso o produtor não tome algumas providências antes e durante o inverno. Entre elas,  a interrupção de produção da forragem com a seca somada ao frio. Outra é a desidratação do pasto seguida de deterioração em caso de geada podendo se deteriorar completamente pelo ataque de fungos se, em seguida, chover.

Segundo Queiroz, para os animais o risco de hipotermia ocorre com maior intensidade nos azebuados com condição corporal três ou menor (escala de nove) ou 1/2 na escala de 5, sem acesso a abrigo e suplemento energético, sob chuvas e ventos acima de 15 km /h após queda brusca de temperatura abaixo dos 10°C.

Uma das formas de prevenir prejuízos e proteger o rebanho é monitorar o clima procurando saber os riscos de frio intenso e geadas. Alguns sites  trazem alertas meteorológicos para diversas regiões como o da Embrapa de Dourados/MS.
Além disso o produtor pode se inscrever no alerta da Defesa Civil Nacional, órgão subordinado ao Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR), que criou um sistema de alerta gratuito que funciona via SMS. Uma vez cadastrado, os alertas chegam via mensagens de texto no celular sem necessidade de conexão à internet. Para fazer parte da rede de avisos basta fazer um cadastro. O passo a passo está no site:
https://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2020-01/agencia-brasil-explica-como-se-cadastrar-nos-alertas-da-defesa-civil.

 

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