O Brasil tem a segunda maior e melhor frota aeroagrícola do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos ((EUA). São 2.115 aeronaves, o que corresponde a 2.108 aviões e sete helicópteros, voando sobre as lavouras brasileiras. É o que revela o estudo do engenheiro agrônomo e consultor do Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Agrícola (Sindag), Eduardo Cordeiro de Araújo.
O levantamento foi realizado a partir de números do Registro Aeronáutico Brasileiro (RAB), da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Houve um crescimento de 1,5% na frota aeroagrícola em 2017. O que representa um crescimento acumulado de 46,2% nos últimos 10 anos.
Os EUA lideram o ranking com 3,6 mil aeronaves agrícolas, segundo a Agência Federal de Aviação (FAA, sigla em inglês).
De acordo com a Associação Nacional de Aviação norte-americana (NAA), 87% da frota são de aviões e outros 14% helicópteros. Além disso, o país possui 1.350 empreendimentos aeroagrícolas em que, 94% dos proprietários também pilotam. Há outros 1,4 mil pilotos não empresários.
Outros países também se destacam em números de aeronaves, o México com 2 mil aviões e helicópteros agrícolas e a Argentina, que tem em torno de 1,2 mil aparelhos, que trabalham no setor.
No ranking de 22 estados brasileiros, o Mato Grosso lidera com 464 aeronaves, seguido pelo Rio Grande do Sul com 427 aviões. São Paulo vem em terceiro com 312 aeronaves.
Minas Gerais foi o estado que teve o maior crescimento (15,5%), passando de 71 aeronaves em 2016 para 82 no ano passado.
Já a Bahia, que tinha 99 aeronaves em 2016, terminou o ano passado com 88. As oscilações nos números representam a entrada e saída de aviões no mercado, como também transferência de aeronaves entre estados.
Na divisão por tipos de operadores, as 244 empresas de aviação agrícola existentes no País – das quais três operam helicópteros – detêm quase 68% da frota nacional, abrangendo 1.435 aeronaves.
Outros 659 aviões estão divididos entre 565 operadores privados – agricultores e cooperativas que têm seus próprios aparelhos.
Já os 21 aviões restantes são pertencentes aos governos federal, estaduais ou do Distrito Federal. São aeronaves de de uso de corpos de bombeiros usadas contra incêndios florestais. Também representam aparelhos de instrução, experimental ou protótipo.
Entre os fabricantes, a brasileira Embraer continua dominando o mercado, respondendo por 59,4 % da frota (1.256 aviões) com as variantes de seu modelo Ipanema, há 45 anos no mercado.
O restante é de aeronaves estrangeiras lideradas pelo norte-americana Air Tractor, o maior fabricante mundial, que tem 14,3% do mercado brasileiro.
O estudo de Araújo ainda relaciona a quantidade de cada modelo de avião ou helicóptero agrícola operando no País. Ele também avalia o crescimento da participação de aeronaves turboélice no mercado nacional e a idade média da frota brasileira.
*Com informação da Sindag