sexta-feira, 06 de setembro de 2024

Agronegócio

Carnes bovina e suína batem recordes reais em 2020, aponta Cepea

Tags: bovinocultura, exportações, recordes, suinocultura

O ano de 2020 foi excepcional para a bovinocultura e suinocultura, segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq),  Universidade de São Paulo (USP). Os recordes observados no setor pecuário nacional em 2019 foram renovados em 2020. As intensas exportações brasileiras de carne bovina, especialmente à China, atreladas à oferta restrita de boi gordo no pasto, evidenciada por dados oficiais indicando menor número de animais abatidos em boa parte do ano, mantiveram os preços de todo o setor em alta no mercado nacional na maior parte de 2020.

Em novembro, os preços do bezerro, do boi magro, da arroba do boi gordo e da carne atingiram recordes reais nas respectivas séries do Cepea. No caso da arroba bovina, chegou a ser negociada próxima de R$ 300 em novembro. No entanto, a valorização da arroba não indica que o pecuarista conseguiu margem maior em 2020, já que os animais de reposição (bezerro e boi magro) também operaram em patamares recordes reais das respectivas séries do Cepea em praticamente o ano todo. Além da reposição, a forte valorização do dólar em 2020 elevou os preços de importantes insumos pecuários que são importados. Ainda, as cotações de insumos de alimentação, como milho e farelo de soja, também subiram com força ao longo de 2020.

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No caso da indústria, enquanto as exportações aquecidas e o dólar elevado ajudaram na receita em reais, as unidades que têm como foco apenas o mercado doméstico se depararam com a matéria-prima em preço recorde e a demanda por carne bovina um pouco enfraquecida. Ressalta-se que, em boa parte do ano, a população brasileira esteve com o poder de compra enfraquecido, diante da crise econômica gerada pela pandemia de covid-19. Com isso, muitos consumidores migraram para proteínas mais baratas, como suínos, frango e ovos.

Suinocultura

A pandemia de covid-19 trouxe para a suinocultura brasileira um cenário de incertezas e de muitos desafios em 2020. Depois de caírem com força entre março e abril, quando as recomendações de distanciamento social impactaram significativamente a demanda por produtos suinícolas, os valores tanto do suíno vivo quanto da carne iniciaram um movimento de recuperação em maio em todas as praças acompanhadas pelo Cepea. O impulso veio das exportações da proteína, que bateram recorde (101,1 mil toneladas), e do aumento da procura interna.

Nesse contexto, os preços do vivo e da carne dispararam, atingindo, em setembro, recordes reais em todas as praças acompanhadas pelo Cepea e renovando as máximas nos meses seguintes. Apesar do bom desempenho dos embarques e dos preços recordes em parte do ano, o poder de compra do suinocultor frente aos principais insumos da alimentação recuou frente a 2019. Isso porque os valores do milho e do farelo de soja subiram ainda com mais força em 2020, prejudicando as margens do produtor, principalmente no encerramento do ano.

Fonte: Cepea/USP

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