sábado, 07 de setembro de 2024

Agronegócio

Pantanal em chamas; Tereza Cristina e Ricardo Salles comemoram Dia Nacional do Cerrado em MG

queimada cerrado
Tags: desmatamento, incêndios, pantanal, queimadas

Em meio a mais severa seca das últimas décadas, enquanto cursos d’água desaparecem e as nuvens de fumaça das queimadas encobrem a paisagem e já atingem o Sudeste e  Sul do País, os ministros da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Tereza Cristina; do Meio Ambiente, Ricardo Salles, e Turismo, Álvaro Antônio,  participaram do lançamento, em Buritis (MG), de um programa para o desenvolvimento rural sustentável em comemoração ao Dia Nacional do Cerrado, na última sexta-feira (11).

O cerrado é o segundo maior bioma da América do Sul, ocupando uma área de 2.036.448 quilômetros quadrados, cerca de 22% do território nacional. Incide sobre os estados de Goiás, Tocantins, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Bahia, Maranhão, Piauí, Rondônia, Paraná, São Paulo e Distrito Federal, além dos encraves no Amapá, Roraima e Amazonas.
É justamente o bioma que está ameaçado pelas queimadas. Só para ter uma ideia, Corumbá, no sábado (12), amanheceu encoberta por névoa e fuligem. Em alguns pontos, o Rio Paraguai chegou a ficar invisível à distância.

Na sexta-feira (11), o gerente de Recursos Hídricos do Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul), Leonardo Sampaio, apresentou dados que sugerem que, em breve, os principais rios que cortam o território sul-mato-grossense atingirão os níveis mais baixos dos últimos cinco anos.

Além do Rio Paraguai que, segundo o Imasul, apresenta baixos níveis ao longo de toda sua extensão estadual, os rios Miranda, Aquidauana (ambos na bacia do Rio Paraguai), além do Pardo (na bacia do Rio Paraná), já sofrem com a escassez de chuvas. E devem continuar secando pelas próximas semanas.

Segundo o centro estadual de Monitoramento do Tempo e do Clima (Cemtec/MS), não há expectativa de chuvas até pelo menos o próximo dia 19, quando pancadas d’água podem atingir parte do estado, embora em proporções insuficientes para elevar o nível dos rios.

Os incêndios também ameaçam importantes sítios arqueológicos existentes no Parque Estadual Nascentes do Rio Taquari, entre as cidades sul-mato-grossenses de Costa Rica e Alcinópolis. Desde o início da semana passada, oito bombeiros e voluntários tentam conter as chamas que, até quinta-feira (10), tinham destruído cerca de 8,9 mil hectares de vegetação típica do Cerrado, sendo 4,5 mil hectares dentro do parque estadual, e pouco mais de 4 mil em propriedades rurais vizinhas à unidade de conservação administrada pelo Imasul.

“Este incêndio começou no último domingo, no estado do Mato Grosso, no município de Alto Taquari, e adentrou nosso estado pelo município de Alcinópolis”, explicou o diretor-presidente do Imasul, André Borges, em um vídeo divulgado nas redes sociais. O estado solicitou o apoio do Exército.

Mato Grosso
A navegabilidade e o abastecimento hídrico preocupa também os moradores de Mato Grosso. Em Cáceres (MT), a prefeitura divulgou, sábado, em suas redes sociais, uma foto da Baía dos Malheiros, ou Baía de Daveron, cujas águas se fundem às do Rio Paraguai. Na curta mensagem, a prefeitura alertou os donos de embarcações para o risco do rio secar nos próximos dias, bloqueando a ligação com o Rio Paraguai e deixando encalhados os barcos que não tiverem deixado o local.

Também em Cáceres, as chamas destruíram, na sexta-feira, um prédio desativado do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), e mataram, na quarta-feira (9), o zootecnista Luciano da Silva Beijo, 36 anos. Segundo a Associação Brasileira de Zootecnistas, Beijo foi atingido enquanto tentava conter o avanço do fogo na fazenda onde trabalhava e teve quase 100% do corpo queimado.

Em outra região do Mato Grosso, na Serra do Parecis, a cerca de 242 quilômetros da capital, Cuiabá, há quase uma semana bombeiros tentam apagar um incêndio de grandes proporções. Nem o apoio de produtores rurais e de moradores da região tem sido suficiente para impedir que as chamas se espalhem rapidamente pela vegetação seca, em meio a áreas de difícil acesso.

Ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, ministro do TCU, Augusto Nardes, ministra Tereza Cristina e ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles

Na mesma semana em que relatório do Imasul mostrou que os principais rios do território sul-mato-grossense atingiram os níveis mais baixos dos últimos cinco anos, e que as chamas destruíram, um prédio desativado do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), e mataram, na quarta-feira (9), o zootecnista Luciano da Silva Beijo, 36 anos,  os ministros, Tereza Cristina, Ricardo Salles e Álvaro Antônio visitaram o cerrado mineiro para lançar o programa Fontes para o Futuro.

“A agricultura brasileira conquistou sua produtividade no bioma do cerrado. No Dia do Cerrado, temos de lembrar que produção e conservação devem andar de mãos dadas, sempre em busca da sustentabilidade”, destacou Tereza Cristina.

Desenvolvido pelo Instituto Espinhaço, o programa tem como objetivo fortalecer a revitalização de bacias hidrográficas e a segurança hídrica, a revitalização das microbacias do Córrego Pasmado e do Ribeirão São Vicente e da sub-bacia do Rio Urucuia, um dos principais contribuintes para a Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco, favorecendo a produção agrícola e o desenvolvimento sustentável, além de implementar a Agenda 2030 e os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.

A implantação do programa Fontes para o Futuro será feita a partir da articulação de iniciativas entre o setor privado, o poder público e o terceiro setor, por meio da transferência de tecnologias e conhecimentos para a recuperação de pastagens degradadas e áreas estratégicas para o aumento do potencial hídrico, com inovação e diversificação produtiva, ações de conservação do solo e da água e negócios de impacto social.

O Projeto atende sete estados (Goiás, Mato Grosso do Sul, Tocantins, Maranhão, Bahia, Piauí, Minas Gerais) do Bioma Cerrado e o Distrito Federal com a promoção de quatro processos tecnológicos de baixa emissão de carbono: Recuperação de Pastagens Degradadas, Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (iLPF), Sistema Plantio Direto e Florestas Plantadas.

A iniciativa já capacitou 7,8 mil produtores rurais e promoveu Assistência Técnica e Gerencial para 1.957. Desde o início do projeto, foram recuperados mais 193 mil hectares.

Fonte: EBC e Mapa

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