A colheita de feijão primeira safra foi beneficiada pelas melhores condições climáticas, depois de janeiro. Porém, o avanço da colheita revelou perdas de 19% na produção, que correspondem a 71 mil toneladas, por causa do excesso de chuvas e frio durante o desenvolvimento das plantas. A produção estimada de feijão da primeira safra, atualmente, é de 308 mil toneladas. A estimativa inicial do Departamento de Economia Rural (Deral) apontava para uma colheita de 379 mil toneladas.
De acordo com o economista do Deral, Methódio Groxko, este ano atípico por causa do excesso de chuvas provocou perdas em qualidade e produtividade no feijão da primeira safra. Mas não houve impactos na comercialização porque o mercado segue abastecido.
Em início de ano, é normal queda de demanda por causa das férias escolares e os preços não estão reagindo. Os preços do feijão preto e cores estão estáveis em R$ 118,00 e R$ 94,00 a saca, respectivamente.
A comercialização é que está atrasada, disse Groxko. Segundo o economista, cerca de 54% da saca está vendida, quando no ano passado, nesta mesma época, 62% da safra estava vendida.
A melhoria das condições climáticas está beneficiando o plantio do feijão de segunda safra. A pesquisa do Deral constatou uma redução de 21% na área plantada, que cai de 251.625 hectares para 198.963 hectares. Mas aponta para uma produção 10% maior em relação ao ano passado por causa das condições favoráveis ao aumento de produtividade.
A estimativa do Deral para o feijão de segunda safra é de 380.492 toneladas, 10% a mais que em igual período do ano passado, quando foram colhidas 346.610 toneladas do grão