sexta-feira, 04 de outubro de 2024

Agronegócio

Circuito Brasil Agrosustentável destaca certificações ambientais e mercado de carbono na ExpoLondrina

Tags: agrosustentável, certificação ambiental, circuito de debates, cs ambiental

As certificações ambientais, mesmo gerando um custo a mais para os produtores, são extremamente importantes para as propriedades que querem aprimorar processos produtivos e garantir a sustentabilidade e rentabilidade. Com este foco, o Instituto Biosimos e a CS Ambiental realizaram hoje no Pavilhão Smart Agro, da 61ª Exposição Agropecuária e Industrial de Londrina, ExpoLondrina 2023, o III Circuito Brasil Agrosustentável – O que eu ganho com isso?  A 2a Etapa do III Circuito Brasil Agrosustentável será realizada hoje, dia 10, às 14 horas, no Pavilhão Smart Agro “Auditório Gerando Valor”

A primeira etapa do evento reuniu especialistas para falar sobre certificações ambientais, crédito de carbono, linhas de financiamento, CPR Verde, além de apresentar um case de sucesso da primeira propriedade certificada pelo Selo Brasil Agrosustentável, emitido pela CS Ambiental, em conjunto com a Certificadora Internacional Global Certification System (GCS).

De acordo com Charles dos Santos, engenheiro agrônomo e um dos proprietários da CS Ambiental, que presta assessoria e faz diagnóstico ambiental em propriedades agrícolas, uma fazenda sustentável é aquela onde há alta rentabilidade, conservação dos recursos naturais, valorização e desenvolvimento humano, além da eficiência na produção.
“Estamos reunindo produtores rurais, pesquisadores, técnicos, entre outros profissionais da área do agronegócio, interessados nas vantagens e benefícios que as certificações ambientais podem trazer ao agricultor”, disse Charles.

Entre as vantagens, ele diz que atualmente há disponível no mercado diversos fundos de investimentos, linhas de créditos nacionais e estrangeiras criadas para oferecer recursos ao agronegócio sustentável. “O proprietário rural que não se mantiver em dia com novas exigências desse mercado poderá ter dificuldade para comercializar seu produto e acessar crédito futuramente “, afirma Charles.

O consultor e engenheiro agrônomo Caio Dallazzanha, representante da Radicle, empresa canadense que trabalha com desenvolvimento de crédito de carbono, explica que o mercado de carbono é uma oportunidade de negócios que está se consolidando no Brasil. “O produtor precisa passar por um processo de adequação da propriedade. Ele não pode ter nenhum tipo de pendência ambiental e fundiária para acessar o mercado de carbono”, explica Dallazzanha.
Para entrar nesse mercado, ele pontua que é preciso fazer a quantificação do carbono e uma análise de viabilidade financeira, que passa pela elaboração de um projeto com a certificação e emissão de crédito e a potencial venda no mercado.

Segundo Dallazzanha, no Brasil o crédito de carbono florestal está bastante avançado, com vários projetos, enquanto o agrícola ainda engatinha e não tem nenhum crédito gerado, mas já há algumas iniciativas em andamento.

O assessor de Negócios Agro da Regional Norte da Sicredi Dexis, Leandro Quaglio, participou do evento e disse que a Sicredi Dexis como instituição financeira, apoia a sustentabilidade de seus associados e produtores rurais. “Ajudamos o produtor a ter acesso a linhas de recursos para transformar a propriedade em sustentável. A gente tem hoje linhas do BNDES voltadas exclusivamente para a parte de sustentabilidade e agroecologia. Disponibilizamos esses recursos para que ele tenha uma produção mais sustentável”, afirma.

Fazenda Germina
A Fazenda Germina, de cerca de 600 hectares, em Marilândia de Sul, que produz soja, milho, trigo, aveia e leite, além de sementes, é a primeira propriedade do Norte do Paraná a receber o Selo Brasil Agrosustentável. O proprietário Bernardo de Araújo Jorge participou do evento e contou que faz uso do Plantio Direto desde a década de 1970. “Desenvolvemos todas as práticas conservacionistas do sistema de plantio direto como rotação de culturas, formação de palha, baixo revolvimento de solo, entre outras”.
Ele disse que a propriedade já atendia 98% das exigências ambientais, porém precisava de uma ordenação. “A CS ordenou e sistematizou nossa forma de agir. Fizemos alguns ajustes, como um local específico para guardar embalagem de agrotóxico”, disse ele.
Projeto – Durante o evento a CS Ambiental lançou o projeto CO2 Solidário, que busca a conscientização das pessoas na questão da geração de Gás de Efeito Estufa com viés social. Parte dos recursos serão repassados para o Centro Ocupacional de Londrina (COL), que atende em sua maioria crianças autistas.

A 2a Etapa do III Circuito Brasil Agrosustentável será realizada no dia 10, no Pavilhão Smart Agro “Auditório Gerando Valor”.

A ExpoLondrina prossegue até o dia 16 de abril no Parque de Exposições Governador Ney Braga.

Para mais informações e notícias sobre a ExpoLondrina, acesse também o site www.expolondrina.com.br

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