A produção dos grãos cultivados na segunda safra e dos cereais de inverno deve aumentar nas lavouras sul-mato-grossenses, conforme divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) na quinta-feira (12), durante o 8º levantamento da safra 2021/2022. De acordo com a atualização dos números, o estado deve chegar a uma produção de 20,7 milhões de toneladas, 9,1% a mais que a safra anterior, quando alcançou 18,9 milhões de toneladas. O resultado, segundo o estudo, é decorrente do comportamento climático a partir de março, que apresenta chuvas com volume e, principalmente, distribuição, adequados ao bom desenvolvimento das lavouras.
Com relação ao milho, a estimativa de produção do cultivo de 2ª safra no estado apresenta um aumento de 2,4% em relação ao levantamento anterior, ultrapassando os 11 milhões de toneladas. O fato decorre da expectativa de maior produtividade média local da cultura, situada em 5.100 kg/ha.
Já o sorgo aparece com um novo incremento em área cultivada, na ordem de 11,7%, pois os produtores aproveitaram a umidade disponível no solo e a maior janela de semeadura deste cereal para ampliar os cultivos.
Em contrapartida, o trigo e o feijão 2ª safra apresentam redução na área produtiva em relação à safra passada, justificado principalmente pelos altos custos de produção destes cultivos e a menor disponibilidade de semente salva no ciclo anterior por conta da baixa produtividade e qualidade dos grãos, que foram fortemente impactados pela geada ao final de junho do ano passado. Com relação à produtividade, estima-se que retorne aos patamares normais.
Para a aveia, as informações iniciais mostram leve aumento de área plantada, visto que não há grandes investimentos na produção, uma vez que os produtores utilizam sementes salvas, na maior parte sem adubação, em talhões de menor fertilidade e realizam o controle básico de pragas e doenças. Caso o clima apresente bom comportamento e o preço mantenha-se em patamares que propiciem retorno econômico, realizam a colheita, caso contrário, é utilizada apenas como cobertura de solo.
Fonte: AEN