Estimativa para a safra de grãos 2018/2019 da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) é de 237,3 milhões de toneladas. Comparada com a safra passada, o crescimento deverá ser de 9,5 milhões de toneladas, o que representa aumento de 4,2% no volume. Já a área plantada está prevista em 62,5 milhões de hectares, com aumento de 1,2%.
O plantio de soja tem projeção de crescimento de 1,7% na área e redução de 0,4% na produção, equivalente a 118,8 milhões de toneladas. O milho de primeira safra, que teve aumento de 0,4% na área cultivada deve resultar em produção de 27,5 milhões de toneladas. Com este desempenho, a expectativa é de alta de 12,9% sobre 2017/18, registrando produção de 91,2 milhões de toneladas, somadas as duas safras do grão.
Em relação à soja, o secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Eduardo Sampaio, observou que a cultura foi parcialmente prejudicada por condições climáticas, “um veranico”, mas destacou que, mesmo assim, a safra deverá ser a segunda maior da história. O recorde foi alcançado na safra 2016/2017 com produção de 238,8 milhões de toneladas.
O algodão também é destaque na produção brasileira, com uma concentração do plantio em janeiro e crescimento superior a 25,3% na área e 20,3% na produção. Outro bom resultado é o da primeira safra de amendoim, que pode chegar a 551,7 mil toneladas, com alta de 10% em relação à safra passada.
O arroz deve ter colheita 7,1% menor do que na safra passada, ficando em 11,2 milhões de toneladas. E o feijão de primeira safra também apresenta queda, de 7,7% na área em relação à safra passada e na produção, estimada em 1,1 milhão de toneladas.
Safra de inverno – Com o fim da safra das culturas de inverno (aveia, canola, centeio, cevada, trigo e triticale), a Conab identificou resultados melhores do que na safra passada, mesmo com as adversidades climáticas nas principais regiões produtoras. A produção de trigo ficou 27,3% superior à safra anterior, chegando a 5,4 milhões de toneladas.