O valor das contratações das operações de crédito rural nos dois primeiros meses da safra 2019/2020 (julho e agosto) foi de R$ 38,9 bilhões. As operações de custeio somaram R$ 24,8 bilhões (+ 2%), investimento, R$ 7,2 bilhões (+14%), comercialização, R$ 4 bilhões (-41%) e as de industrialização somaram R$ 2,9 bilhões (+40%).
Os números fazem parte do Balanço de Financiamento Agropecuário Safra 2019/2020, divulgado sexta-feira (6) pela Secretaria de Política Agrícola (SPA) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), com base nos dados do Sistema de Operações do Crédito Rural e do Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro), do Banco Central.
O custeio do Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp) alocou R$ 5,9 bilhões (+28%). Esse montante de recursos corresponde a 37.356 contratos (+15%).
Para o custeio do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), foram financiados 148.367 contratos (-2%) equivalendo a R$ 4,4 bilhões (+16%).
As linhas de investimento tiveram performance bastante positiva, com o Pronamp alocando R$ 413 milhões (+71%), com 3.268 contratos (+38%) e o Pronaf com R$ 2,1 bilhões (+15%) e 160.083 contratos (-4%).
Dentre os programas de investimento, destaque para o Inovagro (Programa de Incentivo à Inovação Tecnológica na Produção Agropecuária), Programa ABC (Agricultura de Baixa Emissão de Carbono) e Moderinfra (financiamento para o desenvolvimento da agropecuária irrigada sustentável), respectivamente com variação de +109%, +55% e +45% superior à safra passada.
Apesar de o crédito para a comercialização ter valor aplicado, nesta safra, inferior ao da safra passada, foram R$ 4 bilhões contra R$ 6,8 bilhões no período anterior, o número de contratos aumentou em 19%, somando 5.320 contratos, o que representa atendimento a um maior número de produtores rurais com valores de contrato mais baixos.
Em relação às fontes de recursos do crédito rural destacam-se a poupança rural controlada (R$ 14,7 bilhões; +38%), os programas de investimento com recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social/BNDES (R$ 2,9 bilhões; +16%), as Letras de Crédito do Agronegócio/LCAs (R$ 4,5 bilhões; +31%) e a poupança rural livre (R$ 1,2 bilhão; +143%).