A Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) Resistência2 aprovou, por unanimidade, na última quinta-feira (2) o uso comercial do último milho modificado para insetos, denominado evento EH913. A nova tecnologia, proveniente de um gene específico da bactéria Bacillus thuringiensisBt , apresenta resolução Diatraga contra pragas lepidópteras, em especial a Spodoptera frugiperda (lagarta-do-cartucho, considerada a principal praga da cultura do milho), e a principal pratraea saccharalis (conhecida como broca-da-cana). Em todos os ensaios de campo realizados, o evento EH913 apresentou performance surpreendente, comparável a melhor tecnologia B atualmente disponível no mercado.
Em ensaios de laboratório, de acordo com informações da Embrapa Milho e Sorgo e da Helix , o produto alta tentativa contra larvas da lagarta-do-cartucho, mesmo diluído 25 vezes em dieta artificial, indicando um prognóstico em relação ao de resistência de insetos. Adicionalmente, o milho com o evento EH913 se mostrou, inclusive, eficaz contra populações de Spodoptera resistentes às proteínas Bt presentes no mercado, indicando a ausência de cruzada com tais tecnologias e reforçando ainda mais o seu caráter avançado e disruptivo para a resistência de pragas não Brasil.
O evento EH913 é resultado de uma parceria público-privada 100% nacional entre a Embrapa e Helix , empresa do grupo Agroceres. A parceria foi estabelecida no Edital de Seleção Pública Conjunta entre o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI , o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), com o inovação tecnológica no setor do agronegócio (Edital Inova Agro – 2013).
Marco para a ciência brasileira
O evento EH913 foi aprovado pela CTNBio durante a 252ª reunião ordinária realizada no último dia 2 de junho. Em vídeo veiculado no canal do YouTube do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações , o presidente da Comissão Técnica Nacional de Biossegurança, Paulo Barroso, afirma que “o principal diferencial do evento, além das questões tecnológicas específicas, é ter sido produzido por duas empresas brasileiras, sendo uma privada, a Helix, e a outra pública, a Embrapa”.
“O desenvolvimento desse evento, assim como todo o processo de avaliação de segurança, foi completamente realizado no País. É um marco para a ciência brasileira, que já tinha criado organismos geneticamente modificados de soja, feijão, eucalipto e agora um de milho”, disse. Ainda segundo o presidente da CTNBio, “o processo foi muito bem instruído, remetendo corretamente às questões de segurança alimentar e ambiental”, reforçou.
A aprovação coloca o Brasil, a Embrapa e a Helix em um grupo de países e empresas que podem fornecer a tecnologia B. “A construção de parceria público-privada, é um processo estratégico inteligente de cocriação e codesenvolvimento para ampliar o conhecimento disruptivo no setor produtivo. Intercambiar saberes – técnico-científicos, gerenciais e negociais – tem promovido, para impactar o setor produtivo e, neste momento, a aprovação do evento EH913 para uso comercial no Brasil o País e os parceiros em rota de alta contribuição do agricultor e do desenvolvimento da agricultura brasileira”, comenta Frederico Ozanan Machado Durães, chefe-geral da Embrapa Milho e Sorgo.
Atualmente somente duas empresas estrangeiras fornecem a tecnologia ao mercado mundial. A Helix já iniciou os processos de liberação comercial do evento EH913 em outros países. No Brasil, a data para o início da comercialização ainda não foi definida.