terça-feira, 08 de outubro de 2024

Meio Ambiente

Decreto que cria mercado de carbono é passo importante para o agro, avalia CNA

pecuária regenerativa
Tags: agricultura familiar, agroindustria, Cooperativismo, crédito

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) avaliou que o Decreto n.º 11.075/2022, que cria os mecanismos para a criação do mercado de carbono brasileiro, é positivo para o setor e um passo importante para a efetivação desse segmento.

O texto com as diretrizes para a regulação deste mercado foi publicado nesta sexta (20) no Diário Oficial da União (DOU).

Segundo o presidente da Comissão Nacional de Meio Ambiente da entidade e da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Amazonas (Faea), Muni Lourenço, o Brasil tem um grande ativo florestal e ambiental e precisa gerar receita com os créditos de carbono.

“É uma iniciativa importante para o produtor rural brasileiro que contribui com a preservação ambiental por meio da manutenção da reserva legal e adotando tecnologias agropecuárias para redução das emissões de gases de efeito estufa”, afirmou.

A Confederação participou do Congresso Mercado Global de Carbono – Descarbonização & Investimentos Verdes, promovido pelo Banco do Brasil e Petrobras, com o apoio institucional do Ministério do Meio Ambiente (MMA) e do Banco Central do Brasil, no Rio de Janeiro.

No encontro, a CNA debateu o tema e deu suas contribuições para a elaboração do texto do Decreto nº 11.075/22.

Para o coordenador de Sustentabilidade da CNA, Nelson Ananias Filho, o texto buscou um melhor termo para o mercado de carbono brasileiro que trouxesse vantagens para o agro e cumprisse o papel de incentivar a produção cada vez menos emissora.

“A atividade agropecuária brasileira entra com grande potencial de acessar o mercado de carbono desde que as regras sejam compatíveis com o setor. Nesse sentido, a participação da CNA foi exitosa porque a emissão do decreto traz um reconhecimento da realidade do setor”, destacou.

De acordo com Filho, o documento irá regular duas ações principais, que são os acordos setoriais, responsáveis pelas ações de cada setor para que o País atinja a Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC), que é o compromisso do Brasil na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP).

“Cada setor da economia terá a oportunidade de trabalhar e propor ações até onde é economicamente viável criar uma demanda de mercado de carbono interno”, disse.

Outra ação é a criação do sistema nacional de redução de emissões, plataforma onde os créditos de carbono poderão ser registrados, certificados e negociados.

“Conseguimos que o setor agropecuário fosse entendido como um setor que tem peculiaridades e grande potencial dentro do mercado de carbono. Com isso, entendemos que o decreto foi importante para dar start a esse mercado, que ainda precisa ser bastante estudado, mas que a princípio é positivo para o setor”, concluiu.

Fonte: CNA

Banner Conexão Agro Anúncio 728x90

Compartilhe

Facebook
Twitter
LinkedIn
WhatsApp

Podcast

Coluna Podcast

img_restauração_florestal_conexão_agro
Podcast Conexão Agro 208 - Agenda de restauração florestal depende do engajamento do agro, da sociedade e do setor público
05/10/2024

Nunca se falou tanto em restauração florestal como uma alternativa estratégica para os produtores rurais. Confira no Podcast Conexão Agro.

Cotações

Resumo Técnico fornecido por Investing.com Brasil.

News Letter

Calendário

Calendário