sexta-feira, 20 de setembro de 2024

Agronegócio

Durante Congresso Brasileiro do Agro, ministra critica falta de uma comunicação eficiente sobre o setor

A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, participou hoje do Congresso Brasileiro do Agronegócio, em São Paulo, e afirmou que a agricultura brasileira vem sendo afetada por algumas questões, por exemplo, o desequilíbrio das forças internacionais e falta de uma comunicação eficiente sobre o que vem sendo feito pelo setor, seja do ponto de vista ambiental como no aspecto da segurança alimentar. O evento é promovido pela Associação Brasileira do Agronegócio (Abag) e B3 – Brasil, Bolsa, Balcão.
“Nessa fase de transição pelo qual passamos, precisamos estar integrados, precisamos de ações unificadas a favor do agronegócio e do Brasil. E isso passa por uma boa comunicação, com todos falando na mesma direção. É inadmissível que o agronegócio brasileiro seja bombardeado, em decorrência da desinformação. Assim, tenho a convicção de que estamos fazendo o melhor para nosso país”, referiu-se a ministra, sobre a questão do marco regulatório dos defensivos, aprovado recentemente.
Ela explicou que a fila dos registros de defensivos tem andado rápido para “trazer tecnologia e segurança, e não atraso como dizem. “O que mudou foi a celeridade. O Brasil está muito atrasado em relação a outros países, onde quase todos já usam estes 200 produtos que foram aprovados.
De acordo com ela, o assunto vem sendo levado à população como se “um monte de gente quisesse envenenar o mundo”. “Muito pelo contrário, o Ministério das Agriculturas tem normas rígidas em vários órgãos que fiscalizam essa questão. Temos gente técnica e muito preocupada.
Segundo ela, o Brasil está modernizando os defensivos agrícolas, trazendo novas moléculas, quebrando patentes, mas nem sempre “a mídia entende isso”. Por isso, amanhã, será feita uma reunião, em Brasília, durante café da manhã, com vários órgãos de imprensa pra se discutir de maneira técnica e cientifica este assunto. Segundo ela, participarão especialistas e cientistas para tratar da segurança alimentar e dos defensivos. “Precisamos ganhar a guerra da comunicação e o agronegócio precisa se unir”, afirmou.
O que mudou foi a celeridade, colocamos mais gente no ministério. O Brasil está muito atrasado em relação a outros países, onde essas moléculas 200. Quase todos os países do mundo já usam estes produtos então é preciso colocar essas, vamos mostrar dados. Tem muita informação mal colocada que precisa ser colocada de maneira séria.

“Precisamos reagir de maneira inteligente e não de maneira defensiva. Precisamos mostrar para o brasileiro a importância dessa produção que o nosso país tem. O Brasil nestes últimos 40 anos saiu de grande importador de alimentos para grande produtor e exportador de alimentos”, destacou.

A ministra lamentou ainda que muitas pessoas não tenham conhecimento sobre a origem e o processo de produção dos alimentos. E defendeu os produtores rurais brasileiros, destacando que eles seguem os protocolos de segurança e qualidade impostos por cada segmento de produção no país.

Em seu discurso no evento, Tereza Cristina, destacou a importância da biotecnologia, da agricultura digital e das agritechs.

ENTIDADES – O presidente da ABAG, Marcello Brito, concorda com o posicionamento da Ministra da Agricultura pela uniformização da comunicação do agronegócio nacional. “Os temas mais deliberados nos últimos meses em nosso segmento foram: desmatamento, acordo entre a União Europeia e o Mercosul e a liberação dos agroquímicos”, disse. “Porém, as informações divulgadas não refletem, necessariamente, a realidade do nosso setor, o que faz com que haja uma percepção negativa acerca do trabalho realizado por toda a cadeia produtiva”, acrescenta.
Para Brito, a comunicação do agronegócio não está sendo feita de maneira assertiva. “Dessa forma, a percepção ganha mais força do que a realidade. Assim, precisamos de discursos mais centrados e organizados, pautados em ciência e em dados, menos em engajamento”, refletiu.
Já o presidente da B3, Gilson Finkelsztain, reafirmou a importância do Congresso Brasileiro do Agronegócio como um espaço para o debate dos temas mais relevantes, que vai contribuir para o desenvolvimento do agronegócio nacional, com a participação de toda a cadeia produtiva.
O governador em exercício do Estado de São Paulo, Rodrigo Garcia, afirmou que é notável o avanço do agronegócio nos últimos anos, quando conseguiu reunir os produtores rurais, a indústria, governos e a comunidade científica em torno do desenvolvimento tecnológico, da pesquisa e inovação, a fim de obter maior produtividade. “Se há alguns erros em termos de comunicação, o agro conseguiu muito em termos de produção. Hoje, nosso país possui o maior potencial agrícola do mundo”, disse. “Não podemos perder essa janela de oportunidades para destravar o Brasil, por isso temos que aprovar outras pautas importantes, como a reforma tributária, que são tão necessárias para a competitividade da nação e do agro”, acrescentou.
Ainda participaram da solenidade de abertura do Congresso Brasileiro do Agronegócio, o deputado federal Alceu Moreira, presidente da Frente Parlamentar do Agronegócio, o presidente da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), Almirante Sergio Segovia, o presidente da SP Negócios, Juan Quirós.

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Paraná suspende queima controlada no campo - Conexão Agro
Coluna 205 - Paraná suspende queima controlada no campo
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Paraná suspende por 90 dias queima controlada no campo para prevenir incêndios; pesquisador da Embrapa Soja orienta produtores como enfrentar o clima seco e os efeitos da La Niña na safra 2024/25. Confira as notícias do campo no podcast “Conexão Agro”.

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