domingo, 22 de setembro de 2024

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Embrapa envia sementes brasileiras para banco mundial na Noruega

A Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), em Brasília, envia nesta sexata-feira (10), para a Noruega, uma remessa com 3.438 amostras genéticas que farão parte do maior banco mundial de sementes, localizado na cidade de Longyearbyen, no arquipélago ártico de Svalbard. Elas serão transportadas pelos Correios até Oslo, capital da Noruega, e depois seguirão até a ilha com a equipe do banco, onde serão depositadas em 25 de fevereiro.

A pesquisadora e supervisora de curadorias de germoplasma (material genético) da Embrapa, Rosa Lía Barbieri, representará o Brasil e acompanhará o depósito das 11 caixas que contêm as amostras. Representando as Américas, ela participará ainda da reunião do painel internacional que faz a validação e acompanhamento do trabalho do banco norueguês.

A Embrapa selecionou 3.037 acessos de arroz, 87 de milho, 119 de cebola, 132 de pimentas Capsicum e de 63 Cucurbitáceas (abóboras, morangas, melão, pepino, maxixe, quino e melancia), que serão mantidas a uma temperatura entre 18 graus Celsius (°C) negativos e 20°C negativos. Acessos são amostras de sementes representativas de diferentes populações de uma mesma espécie.

“Elas representam um pouco da diversidade da agricultura brasileira. É um pedacinho da Embrapa que está lá resguardado e é uma forma de garantir que esse material vai estar disponível para população”, disse Rosa, em entrevista à Agência Brasil.

Rosa explicou que esse material só poderá ser aberto pela própria Embrapa e é como uma cópia de segurança para conservação a longo prazo das sementes, que já são armazenadas nos bancos brasileiros. Além do Brasil, pelo menos 30 países também depositarão suas sementes em Savalbard no próximo mês. A cerimônia deve contar com a presença da primeira-ministra da Noruega, Erna Solberg.

Arca de vegetais

O banco genético em Svalbard recebe e conserva sementes de bancos genéticos do mundo inteiro para protegê-los da extinção e garantir a segurança alimentar da população. Em caso de uma catástrofe global, é de lá que sairiam as amostras para o recomeço da agricultura. No interior da montanha gelada existem cerca de 1 milhão de sementes armazenadas e congeladas em câmaras de segurança máxima, planejadas e construídas para resistir a desastres climáticos e explosões nucleares.

O local tem capacidade para 4,5 milhões de amostras de sementes. O clima glacial do Ártico assegura baixas temperaturas mesmo se houver falha no suprimento de energia elétrica das câmaras, que são abertas apenas três dias durante o ano. As baixas temperaturas e umidade garantem uma baixa atividade metabólica, mantendo o poder de germinação das sementes por séculos.

Essa é a terceira vez que o Brasil envia sementes a Svalbard. Em 2014 foram enviados pela Embrapa 514 acessos de feijão e em 2012, 264 de milho e 541 de arroz. A iniciativa é decorrente do acordo assinado entre a Embrapa e o Real Ministério de Agricultura e Alimentação da Noruega, em 2008.

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Paraná suspende queima controlada no campo - Conexão Agro
Coluna 205 - Paraná suspende queima controlada no campo
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