sábado, 07 de setembro de 2024

Agronegócio

Estoques reduzidos de soja e milho devem manter preços firmes em 2021

soja
Tags: agro, agronegócio, milho, preços

Mesmo com o baixo índice pluviométrico no início da semeadura da safra 2020/21, as ocorrências de chuvas em volumes mais satisfatórios desde a última dezena de outubro/20 geram expectativas de produção recorde no Brasil, estimada em 134,5 milhões de toneladas pela Conab (+7,7%) e em 133 milhões de toneladas pelo USDA (+5,6%). Ainda assim, a relação estoque/consumo final pode ser a menor das últimas nove temporadas, podendo dar sustentação aos preços domésticos de soja e derivados no decorrer de 2021. Isso porque, em 2020, sojicultores aproveitaram os altos patamares de preços e negociaram mais da metade da safra 20/21, segundo pesquisas realizadas pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), Esalq/USP.

Também há expectativas de aumento na demanda doméstica, especialmente por parte do setor pecuário, no caso do farelo de soja. Além disso, a procura por óleo de soja para a produção de biodiesel deve seguir elevada, desafiando indústrias do setor alimentício quanto ao abastecimento do coproduto.
Destaca-se também que, pela primeira vez, o consumo industrial brasileiro de óleo de soja (3,9 milhões de toneladas) deve superar o uso alimentício (3,8 milhões de toneladas).

Apesar das perspectivas positivas, é importante ressaltar que o maior custo operacional das aquisições de insumos – especialmente de fertilizantes – pode limitar as margens do produtor em 2021. Além disso, as exportações podem se desacelerar, visto que a China deve adquirir maior parcela de soja dos Estados Unidos, motivada pelo acordo comercial entre ambos os países.

Milho

Os baixos estoques, a demanda firme e as incertezas quanto ao tamanho da oferta da temporada 2020/21 devem manter os preços internos do milho em patamares acima da média em 2021.

Segundo colaboradores do Cepea, as lavouras brasileiras da primeira safra foram prejudicadas pelo clima seco, principalmente no Sul do País. Para a segunda safra, o cultivo mais lento e tardio da soja, comparativamente a anos anteriores, traz temores sobre como será a semeadura de milho e se haverá impactos na produtividade. Com isso, a temporada 2020/21 deve se iniciar com incertezas em torno da oferta do cereal – por enquanto, as estimativas oficiais indicam produção recorde no Brasil e no mundo.

A demanda, por sua vez, deve continuar aquecida nos mercados doméstico e internacional. No Brasil, o consumo segue crescente, refletindo o maior interesse do setor pecuário e também de novas usinas de etanol de milho no Centro-Oeste.

As exportações devem ser favorecidas pelo dólar valorizado e pela alta nas cotações internacionais. A comercialização antecipada, especialmente para exportação, tende a restringir a oferta no spot nos próximos meses, podendo acirrar a disputa pelo produto.

Fonte: Cepea/Esalq/USP

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https://conexaoagro.com.br/2021/01/04/correto-manejo-no-cultivo-da-soja/

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