O mercado global está de olho no agronegócio, um setor que, só neste ano, de acordo com o levantamento da Confederação Nacional da Agricultura (CNA), pode chegar a 30% do PIB brasileiro. Diante do crescimento, investidores começam a prospectar a compra e venda de títulos do setor. Dada a importância do agro na economia, em julho deste ano entrou em vigor o Fundo de Investimento nas Cadeias Produtivas Agroindustriais (Fiagro).
O fundo tem como diferencial o diferimento do Imposto de Renda (IR) sobre o ganho de capital na integralização de ativos que estejam registrados a valor histórico para o setor agroindustrial, benefício que pode ajudar o desenvolvimento da cadeia produtiva, avalia Walter Henrique Fritzke, consultor em Serviços Financeiros do Martinelli Advogados. “A nova modalidade de fundos vem em boa hora, momento em que cada vez mais o cenário do crédito rural fica incerto”, completa Fritzke. De acordo com dados da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), em apenas três meses (agosto a outubro) o Fiagro registrou cinco contratos que, somados, chegam a R$ 1,88 bilhão. Até o final de outubro, outros 13 convênios estavam sobre a análise do conselho, cuja somatória chega a R$ 2,95 bilhões.
O fundo ainda está em evolução e tende a crescer, aponta Fritzke. As linhas concorrentes, como as subsidiadas do Plano Safra, por exemplo, têm taxa de juros definida em 7,5% ao ano para o ciclo 2021/22. “O Fiagro ainda está na lanterninha na corrida das linhas de financiamento no agro, mas tem muito potencial”, completa o consultor.
Fritzke explica que o Fiagro é mais uma opção no mercado. Ele congrega a modalidade de outros fundos de investimentos, como o de recebíveis, imobiliário e de participação. Antes de fazer qualquer solicitação, seja para compra ou venda, é necessário seguir uma série de etapas. Por isso, completa o consultor, é necessária uma assessoria de investimentos que seja assertiva e que trabalhe todos os detalhes do contrato.
Sobre o Martinelli
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