segunda-feira, 16 de setembro de 2024

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Gafanhotos atacam mata de reserva indígena e lavouras no RS

Tags: gafanhotos;

A Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr) identificou na região Noroeste do Rio Grande do Sul danos severos provocados por gafanhotos em área de 20 a 30 hectares de mata nativa. “Há grande desfolhamento em área de mata nativa na região central do foco de gafanhotos, entre os municípios de São Valério do Sul e Santo Augusto”, informou o fiscal estadual agropecuário André Ebone. Ele sobrevoou a área na sexta-feira (4), graças a uma parceria com uma empresa de aviação agrícola e um produtor rural que cedeu a pista de pouso na região.

“A estimativa é de 20 a 30 hectares de mata nativa com severos danos, inserida na reserva indígena Inhacorá. Notamos que os danos se concentram na mata contínua, não sendo observados em outros remanescentes devido à interrupção ocasionada pelas áreas de lavoura”, explicou Ebone.

O fiscal estadual agropecuário Alonso Andrade disse que a equipe em terra constatou grande presença de gafanhotos nas áreas de mata, e alguma presença em áreas agrícolas, com pouca mobilidade e sem aumento nos danos já verificados nas lavouras durante a semana. “As áreas de mata, especialmente exemplares de timbó, estão severamente atacados. Mas nas lavouras há presença de poucos gafanhotos, com pouco ou nenhum dano”, informou.

Foto: Alonso Andrade/Seapdr – Espécies identificadas no Rio Grande do Sul não representam risco para lavouras, segundo os especialistas

Não são pragas de importância agrícola

As espécies foram identificadas pela bióloga e entomóloga Kátia Matiotti, da PUC-RS, como indivíduos adultos de Zoniopoda iheringi e ninfas de Chromacris speciosa, ambas da família Romaleidae, que não tem hábitos migratórios. Sua ocorrência é esperada, devido ao clima seco e à baixa precipitação acumulada nas últimas safras de verão.

Ambas as espécies estão sendo mantidas no Laboratório de Manejo Integrado de Pragas da UFSM, para estudos. As espécies não correspondem à Schistocerca cancellata, estando momentaneamente descartada a infestação por este gafanhoto migratório. Tratam-se de espécies endêmicas, de ocorrência natural e que normalmente não são pragas de importância agrícola.

Foi observado que a preferência de hospedagem das infestações está centrada nas áreas de mata nativa e vegetação espontânea. A prioridade dos levantamentos é constatar se há desequilíbrio nas populações naturais com possibilidade de danos às lavouras limítrofes aos focos.

A Seapdr e o grupo gestor estão atuando para a delimitação das ocorrências. Estão sendo preparadas alternativas de emprego de soluções frente às infestações, caso se configure risco de dano econômico à produção agropecuária.

A orientação é para que produtores não tomem medidas preventivas diante das infestações, sob a possibilidade de aumentar o desequilíbrio entre os inimigos naturais dessas espécies e agravar os danos futuramente. O recomendado é comunicar a rede de vigilância fitosanitária.

Canais para comunicação em caso de surtos

Whatsapp: (51) 8412 9961

E-mail: [email protected]

Atendimento DDSV: (51) 3288-6289 / 3288-6294

Fonte: Seapdr

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Paraná suspende queima controlada no campo - Conexão Agro
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